O desempenho econômico da China está uma queda este ano, e é um sinal do fim de quatro décadas do ciclo econômico da China, segundo Gordon Chang, um autor e especialista sobre a economia chinesa. Outros dizem que a situação real é ainda pior do que os dados revelam.
Gordon Chang, autor de “The Coming Collapse of China“, contribuiu com um artigo para a Forbes em 25 de agosto, intitulado “O fim do ciclo econômico de quatro décadas da China“, que descreveu o colapso da economia chinesa numa análise detalhada.
Por exemplo, Chang disse: “O investimento estrangeiro direto caiu 17%; as importações caíram 1,6%; e os financiamentos sociais totais, a medida mais abrangente de empréstimos da China, caíram 86,1%. Os novos créditos de US$ 273,1 bilhões, o menor valor desde outubro de 2008, sugerem fraqueza fundamental em toda a economia.”
De acordo com o Wall Street Journal: “O preliminar Índice Gerente de Compras da Indústria Chinesa do HSBC caiu para 50,3 em agosto – uma tendência de três meses de queda – em comparação com a leitura final de 51,7 em julho… Isso ficou abaixo das expectativas dos economistas.” Os dados têm desfeito as esperanças de muitos economistas que a economia chinesa terminaria o ano forte após um começo lento. “A economia chinesa enfrenta uma batalha difícil pelo resto de 2014”, acrescentou o WSJ.
Yang Bin, professor da Escola de Economia e Administração da Universidade Tsinghua, disse à NTD: “A situação interna mostra uma crise econômica em várias frentes, como a queda do mercado de ações, a inflação, a indústria deprimida e baixa capacidade de consumo.” Yang Bin disse que tem sido assim por dois anos, apenas os dados emergiram tardiamente.
Gong Shengli, um pesquisador financeiro, uma vez comentou que previsões econômicas são normalmente baseadas em dados transparentes; mas na China essas previsões podem ser problemáticas.
Em 2008, Pequim inundou a economia com dinheiro para evitar os piores efeitos da crise global. Mas o investimento excessivo em infraestrutura e no mercado imobiliário resultou em desperdícios insolúveis e mau uso dos recursos.
As autoridades chinesas afirmam que só usam “microestímulos” ou “ações pontuais”, mas segundo Chang, por trás dos panos eles estão injetando dinheiro na China o mais rápido possível.
Em junho, eles emitiram 1,08 trilhão de yuanes (c. US$ 176 bilhões) em novos empréstimos. Financiamentos sociais totais aumentaram 40,7% desde maio, enquanto a quantidade de dinheiro em circulação (M2) aumentou 14,7% desde o ano passado. “De todas as indicações, os empréstimos em junho foram em grande parte para entidades estatais e dos governos locais”, disse Chang.
Yang Bin, o professor da Tsinghua, disse à NTD que os empréstimos bancários só vão para empresas estatais e estas empresas se tornaram um pesado fardo para a economia.
O economista chinês Yang Peichang afirmou: “Não há como realizar reformas abrangentes na China. Sob esse regime, há pouca probabilidade de qualquer reforma abrangente.”