45,5% dos casos registrados foram causados por pressão nos estudos
Apesar de as políticas de controle da natalidade terem diminuído a taxa de crescimento da população chinesa nas últimas décadas, o envelhecimento da população tem fomentado o acirramento da competição entre os jovens, tanto para conseguir um ingresso no ensino superior quanto para conseguir um emprego após a graduação. Dessa forma, os estudantes chineses enfrentam grande pressão, que cresce progressivamente e atinge os jovens cada vez mais cedo.
Pensando na carreira acadêmica do filho, os pais chineses investem cada vez mais cedo em opções alternativas de ensino, como cursos preparatórios e aulas de reforço, aumentando ainda mais a pressão nos estudantes, que se mostram cada vez mais infelizes e, inclusive, recorrem a medidas extremas como o suicídio.
O estudante chinês passa no mínimo 8 horas e meia por dia em sala de aula, sendo que a média é de mais de 12 horas por dia, devido ao grande número de estudantes que frequentam aulas extras de reforço. Além do tempo dedicado às aulas, o estudante chinês é submetido a um volume considerável de deveres de casa todos os dias e maior nos feriados.
No feriado prolongado de 1º de maio, dois casos de suicídio foram registrados: Um jovem de 13 anos se enforcou porque não conseguiu terminar o dever de casa, declarando em testamento que foi o jeito que encontrou para “poder descansar um pouco”. O outro caso também foi com um jovem de 13 anos, que saltou do prédio onde morava após virar a noite fazendo dever de casa e ser trancado em seu quarto pelos pais por não ter terminado de fazer tudo.
Um estudo oficial apontou que a taxa de suicídio de jovens entre 12 e 18 anos da China continental é a maior do mundo, sendo que 45,5% dos casos foram motivados por pressão psicológica advinda dos estudos.
Em 27 de abril, um estudante de Kunming postou numa rede social um cartaz escrito com sangue dizendo: “Não quero fazer o dever de casa!”, o que gerou grande repercussão e desabafos de outros estudantes. Um deles escreveu: “Nosso destino [como estudantes] é sermos escravizados pelo sistema de educação: se formos mal, nossos pais e professores nos encaram como lixo; se formos bem, eles querem que continuemos sempre assim, mas não entendem que não somos robôs e que a pressão que nos colocam não traz nem garante nossa felicidade.”
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