O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) chegou a uma média de 205,9 pontos em julho de 2013, 4 pontos (perto de 2%) abaixo do valor revisado para junho e 7 pontos (ou 3,3%) menor do que julho de 2012.
Segundo a agência da ONU, o declínio em julho, que marcou o terceiro mês consecutivo de queda, foi largamente influenciado pelos menores preços internacionais para grãos, soja e óleo de palma, enquanto as cotações de açúcar, carne e derivados dos leite também já estavam baixas desde o mês anterior.
O Índice de Preços de Cereais da FAO foi em média de 227,7 em julho, uma baixa de 8,8 pontos (3,7%) em relação a junho e cerca de 33 pontos (cerca de 13%) menor do que julho do ano passado. A queda significativa reflete principalmente a baixa nos preços do milho, assim como as esperanças renovados devido ao clima de um significativo aumento na produção em diversos países líderes na produção do milho.
Os preços do trigo também caíram, mas a forte demanda por exportações limitaram o declínio. A variação do preço do arroz foi diversa de acordo com sua origem, com uma queda nos preços do produto tailandês contrastando com alta na cotação do vietnamita.
O Índice de Preços de Óleos/Gorduras da FAO ficou em torno de 191 pontos em julho, baixa de 7 pontos (ou 3,3%) em relação a junho e o mais baixo em três anos. A queda no índice reflete principalmente as reduções nas cotações de óleo de soja e de palma.
Os valores do óleo de soja caíram em resposta a ampla disponibilidade para exportação, especialmente na Argentina, combinada com a fraca demanda (inclusive do setor de biodiesel), assim como a previsão de boa safra de soja nos Estados Unidos.
O preço do óleo de palma se enfraqueceu principalmente como resultado da combinação de ampla produção e baixa expectativa de demanda de importação, notavelmente na China. Os preços para óleo de colza e girassol também caíram, refletindo a melhora na previsão de colheita para 2013/2014.
Laticínios também em queda
O Índice de Preços de Laticínios da FAO foi de 236,3 pontos em julho, uma queda de 2,6 pontos (1,1%). Enquanto os preços em geral estão em queda, o declínio teve uma menor margem do que nos meses anteriores como resultado da menor disponibilidade na Oceania e da estagnação na produção de leite entre outros exportadores, principalmente na Europa, América do Sul e Estados Unidos.
Os preços do leite em pó foram sustentados pelo limitado suprimento, mas o aumento foi mais do que balanceado por uma queda nos preços dos queijos devido à redução na demanda de importação.
O Índice de Preços de Carnes da FAO ficou na média de 173,3 pontos em julho, mais ou menos sem alteração em relação ao nível revisado de junho. Os preços de carnes de aves e de porco foram menores, enquanto as carnes bovina e ovina subiram.
De forma geral, esses são sinais de que os preços internacionais para a carne estão enfraquecendo em face da reduzida demanda de importação – especialmente dos países asiáticos – refletindo o crescimento de produção e, em alguns casos, um acúmulo de carnes produzidas internamente.
O Índice de Preços do Açúcar ficou em 239 pontos em julho, queda de 3,6 pontos (1,5%) em comparação a junho. Os preços do açúcar caíram pelo quarto mês consecutivo em julho, com base na antecipação do grande superávit na produção nas principais áreas produtoras, em especial no Brasil, o maior produtor e exportador mundial de açúcar.
O declínio nos preços do etanol no Brasil também permitiram um incentivo à conversão maior de cana-de-açúcar em açúcar em vez de álcool etanol, o que colocou ainda mais pressão na queda dos preços internacionais.
Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil
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