Segundo estudo publicado online na revista Pediatria em 20 de junho de 2011, mais crianças nos Estados Unidos podem ter alergias alimentares que o estimado anteriormente.
Liderada pelo Dr. Gupta Ruchi, na Escola Feinberg de Medicina da Universidade do Noroeste, uma equipe de pesquisadores entrevistaram nos EUA mais de 40 mil famílias com crianças.
Eles descobriram que cerca de 8% das crianças, quase seis milhões de indivíduos menores de 18 anos, têm alergia alimentar. O que é o dobro do percentual estimado a partir da Pesquisa por Entrevista de Saúde Nacional de 2007.
Dessas crianças, 30,4% tem alergias múltiplas, e perto de 40% têm histórias de reações graves, com os causadores mais comuns sendo o amendoim, o leite e os mariscos.
“A natureza ampla e de base populacional deste estudo mostra que a alergia alimentar em idade pediátrica é um problema significativo e crescente em nossa sociedade”, diz Gupta, num comunicado de imprensa. “Com base em nossos dados, cerca de uma em cada 13 crianças tem uma alergia alimentar. Além do mais, quase duas em cada cinco crianças sofrem de uma grave alergia alimentar.”
“Para essas crianças, a ingestão acidental de um alimento alergênico pode levar à dificuldade de respirar, uma queda acentuada na pressão arterial, e até à morte”, acrescentou ele. “Agora que entendemos verdadeiramente quão abrangente é o problema da alergia alimentar, podemos começar a tomar as medidas necessárias para manter essas crianças seguras.”
Os pesquisadores também encontraram diferenças na probabilidade de possuir e ser formalmente diagnosticada uma alergia alimentar com base na raça, renda e distribuição geográfica.
Crianças asiáticas e negras têm maior probabilidade de ter uma alergia alimentar em comparação às crianças brancas não-hispânicas, e menor chance de receber um diagnóstico médico.
Da mesma forma, aquelas em famílias com renda inferior a 50 mil dólares por ano têm metade das chances de ter uma alergia alimentar quando comparados àquelas com renda familiar superior a 50 mil dólares, mas também têm metade das chances de ter um bom diagnóstico médico.
Os pesquisadores descobriram que as que vivem fora do Centro-Oeste têm maior chance de ter uma alergia alimentar, em comparação com as que vivem na região Centro-Oeste.
“Ao entender por que algumas crianças são afetadas por alergia alimentar, enquanto outros não são, podemos começar a focar melhor nossos esforços em encontrar uma cura”, diz Gupta.
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