Índia prepara soldados para conter força militar da China

19/07/2013 14:41 Atualizado: 19/07/2013 14:46
Um soldado indiano no Portão Nathula, próximo da fronteira Índia-China, 50 km a leste de Gangtok, capital do estado de Sikkim, Índia (Deshakalyan Chowdhury/AFP/Getty Images)

O Comitê de Segurança do Gabinete indiano aprovou a proposta do Exército de treinar 45 mil soldados para Batalhões de Combate nas Montanhas para conter o poderio militar da China.

A Índia compartilha mais de 3 mil km de fronteira com a China, principalmente ao longo do Himalaia.

De acordo com um relatório elaborado pelo jornal indiano The Hindu, a proposta foi aprovada em reunião do Comitê em Nova Déli na quarta-feira, presidida pelo primeiro-ministro indiano Manmohan Singh.

A proposta estava pendente no Comitê pelos últimos anos e foi aprovada duas semanas após o ministro da Defesa indiano A.K. Antony retornar de sua visita inaugural à Pequim.

A iniciativa deverá custar Rs 62,000 crore (US$ 11,5 bilhões) e os batalhões de combate serão formados durante o 12º Plano Quinquenal (2012-17) da Índia. Com cerca de 45 mil soldados e central de comando em Panagarh, Bengala Ocidental, leste do país, isso dará a Índia a capacidade de lançar uma ação ofensiva na Região Autônoma do Tibete, em caso de uma ofensiva chinesa.

O país já havia criado duas divisões de infantaria em Lekhapani e Missamari, no estado de Assam, em 2009-10 para cuidar das necessidades operacionais em Arunachal Pradesh. A China não reconhece o estado de Arunachal Pradesh como parte da Índia.

De acordo com o artigo do The Hindu, a China tem cerca de cinco bases aéreas operacionais, uma rede ferroviária bem-estabelecida e mais 58 mil km de estradas ao longo da fronteira com a Índia, que lhe permite mover mais de 30 divisões (c. 15 mil soldados) para a região, superando as forças indianas.

O artigo menciona que o Exército indiano tem avaliado os exercícios de combate militar terra-ar do Exército da Liberação Popular (ELP) da China no planalto tibetano que ocorreram em março.

“O ELP realizou pelo menos 21 exercícios na região do Tibete no último ano e meio. Estes foram concebidos para cenários específicos. Os exercícios também sinalizaram à Índia que eles estão se preparando para condições de grande altitude. A China quer indicar que está testando e reforçando seus meios de dissuasão convencionais e melhorando a capacidade militar em território hostil”, afirmou Srikanth Kondapalli, presidente do Centro de Estudos do Leste Asiático da Universidade Jawaharlal Nehru, ao The Hindu.

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