Índia planeja encorajar desenvolvimento de energia limpa

22/04/2013 15:29 Atualizado: 22/04/2013 17:01
O primeiro-ministro indiano Manmohan Singh (esquerda) e o secretário-geral de energia norte-americana Steven Chu (direita) na abertura da 4ª conferência Ministerial de Energia Limpa em Nova Déli em 17 de abril de 2013 (Raveendran/AFP/Getty Images)

A Índia planeja dobrar sua capacidade de energia renovável nos próximos cinco anos, como um passo à frente para aumentar sua eficiência no consumo de energia.

“Propõe-se o dobro da capacidade de energia renovável em nosso país de 25 mil MW em 2012 para 55 mil MW até o ano de 2017”, disse o primeiro-ministro indiano Dr. Manmohan Singh, em seu discurso de abertura da 4ª conferência Ministerial de Energia Limpa (CEM), em Nova Déli, em 17 de abril.

A estratégia incluiria a exploração de fontes não convencionais de energia limpa, como a energia solar, eólica e de biomassa.

O 12º Plano Quinquenal da Índia reconhece a importância de evoluir uma estratégia de baixo carbono e prevê um papel mais amplo para fontes limpas de energia para alcançar crescimento sustentável.

“Estabelecemos uma meta nacional de aumentar a eficiência do uso de energia para reduzir em 20-25% a intensidade energética de nosso PIB até 2020”, disse ele.

No entanto, de acordo com o primeiro-ministro, o ritmo em que a Índia pode ampliar sua dependência dessas novas fontes de energia é limitado pelo fato de que estas são mais caras do que a energia convencional.

“O custo da energia solar, por exemplo, caiu quase pela metade nos últimos dois anos, porém, ele permanece maior do que o custo da eletricidade baseada em combustíveis fósseis. Se o custo imposto pelas emissões de carbono for levado em consideração, então, a energia solar é mais rentável, mas ainda é mais cara.”

De acordo com a Comissão de Planejamento da Índia, a ampla visão por trás da política integrada de energia do país é responder com segurança à demanda por serviços de energia de todos os setores, incluindo as necessidades de energia de famílias vulneráveis em todo o país, com energia segura, limpa e conveniente ao menor custo.

Isso deve ser feito de forma tecnicamente eficiente, economicamente viável e ambientalmente sustentável, utilizando diferentes combustíveis e formas de energia, convencionais e não convencionais.

Colocando esperanças na probabilidade de queda dos custos nesta área, o premiê disse que a Índia lançou uma Missão Solar Nacional Jawaharlal Nehru para desenvolver 22 mil MW de capacidade de energia solar até 2022, abrangendo tanto solar fotovoltaica como solar térmica.

“Uma capacidade de energia solar de cerca de 1.500 MW já foi instalada no país e um adicional de 10 mil MW será instalado até o final do 12º Plano Quinquenal que termina em 2017.”

Os participantes da CEM consistem de 23 governos que respondem por 80% das emissões globais de gases de efeito estufa e 90% do investimento de energia limpa global.

O primeiro-ministro disse que as nações industrializadas, que são historicamente responsáveis pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa acumulados, devem encontrar soluções para mitigar a mudança climática.

“Eles são tecnicamente mais avançados e, nessa medida, em melhor posição para fornecer soluções viáveis não só para si, mas para o mundo inteiro. Infelizmente, o progresso nestas negociações é dolorosamente lento”, disse ele.

Com uma economia em rápido crescimento e baixo consumo de energia, a Índia tem uma parcela significativa de carvão em seu combinado de energia primária. Em 2004, as emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis da Índia foram estimadas em cerca de 1,1 bilhão de tonelada métrica, segundo a Comissão de Planejamento da Índia.

Para a Índia, assegurar o abastecimento duradouro de energia limpa tornou-se o pré-requisito primordial para nutrir o crescimento inclusivo e cumprir as metas de desenvolvimento do milênio.

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