A Índia lançou um míssil balístico intercontinental na quinta-feira que poderia atingir um alvo a uma distância de 5.000 km, tornando-o um dos poucos países que demonstraram com sucesso tal tecnologia.
“O lançamento bem sucedido do míssil Agni-V é um tributo às sofisticações e ao compromisso às causas nacionais da comunidade científica e tecnológica”, disse o Primeiro-Ministro Manmohan Singh. “Espero sinceramente que nos próximos anos nossos cientistas e tecnólogos contribuam muito mais para a autossuficiência na defesa e em outras esferas da vida nacional.”
Com seu alcance, o Agni-V poderia alcançar qualquer lugar na região de poder China-Ásia, a maior parte do continente asiático, a maior parte do oceano Índico, e poderia acertar um alvo até mesmo na África Oriental.
O teste bem sucedido significa que a Índia se uniu um grupo de elite de países com tecnologia ICBM (Míssil Balístico Intercontinental), incluindo França, Rússia, China, Reino Unido e Estados Unidos. Acredita-se que Israel também possua ICBMs.
No entanto, a maioria desses países tem mísseis ainda mais capazes, que podem atingir alvos a uma distância muito maior. Por exemplo, o norte-americano LGM-30 Minuteman pode atingir um alvo a uma distância de 13 mil quilômetros. Outros ICBMs de curto alcance norte-americanos podem ser disparados de um submarino submerso.
O Agni-V foi lançado a partir de um local na Ilha Wheeler, na província oriental de Odisha, informou a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa, num comunicado após o teste.
“Ele seguiu a trajetória inteira como num livro com os três estágios de propulsão sendo liberados e caindo em momentos apropriados até a Baía de Bengala”, disse o comunicado.
O Agni-V tem 57 metros de altura, um míssil de três estágios, e uma carga de lançamento de 50 toneladas, incluindo uma ogiva 1,5 toneladas.
A agência disse que o sucesso do lançamento é um divisor de águas na preparação de defesa estratégica da Índia.