Índia escolhe novo presidente

22/07/2012 03:00 Atualizado: 22/07/2012 03:00

A presidente Sonia Gandhi (esquerda) do partido governamental Aliança Progressiva Unida (APU) e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh (4º da direita) observam o candidato presidencial do APU, Pranab Mukherjee (centro), depositar seu voto para o novo presidente da Índia no Parlamento, em Nova Deli, em 19 de julho de 2012. (Prakash Singh/AFP/Getty Images)Candidato principal prioriza as finanças

Eleições foram realizadas para o próximo presidente da Índia na quinta-feira como o governo indiano considerando implementar reformas cruciais.

O favorito a ganhar é Pranab Mukherjee, o ex-ministro das finanças que se demitiu em junho para concorrer à presidência.

Nos últimos oito anos como ministro das finanças, Mukherjee desenvolveu uma reputação de consertar escândalos num governo que tem visto muitos. “Nosso governo tem uma dívida de gratidão por você e sua inestimável contribuição a seu trabalho”, escreveu o primeiro-ministro Manmohan Singh numa carta a Mukherjee após a renúncia deste.

O resultado da eleição será anunciado no domingo, mas a principal oposição a Mukherjee, Purno Agitok Sangma, um deputado estadual de uma tribo no extremo nordeste, não tem muitos aliados.

O presidente é escolhido por um colégio eleitoral com cerca de 5.000 legisladores nacionais e estaduais e, enquanto o cargo formalmente tem poder legislativo e executivo, na prática, esses poderes são exercidos através do gabinete.

Assim, o primeiro-ministro Singh assumiu temporariamente o papel de ministro das Finanças, levando muitos na Índia a acreditarem que agora é o momento para reformas, pois Singh é notoriamente lembrado por construir as reformas econômicas de 1991, enquanto era ministro das finanças.

Uma possível mudança seria mudar as regras para permitir o investimento de empresas estrangeiras em supermercados. Singh tentou esta política no ano passado, mas recuou após protestos eclodirem.

Agora, o governo está de olho no período de antes de 8 de agosto para começar as reformas.

A economia da Índia viu sua taxa de crescimento mais lenta em nove anos em março do ano passado. A rúpia enfraqueceu e as taxas de inflação subiram, levando a mais importações do que exportações.

Para combater o problema, a Índia tem se apoiado tradicionalmente em investimento estrangeiro.

“O sentimento dos investidores é baixo e os fluxos de capital estão secando”, resumiu Singh numa reunião com funcionários do Ministério das finanças no mês passado, segundo um comunicado de imprensa.

“Precisamos trabalhar para pôr a economia em movimento novamente e reiniciar a história de crescimento da Índia.”