Impulsos elétricos direcionados ao cérebro ampliam o cálculo mental, confirma estudo de Oxford

17/05/2013 18:16 Atualizado: 06/08/2013 17:19
Destacou-se que leves estímulos são capazes de ter efeitos que duram até seis meses
A estimulação do cérebro é devido à ação sincronizada dos neurônios (Universidade de Oxford)

Um estudo do departamento de psicologia da Universidade de Oxford descobriu que aplicar pequenos impulsos elétricos no cérebro pode amplificar o poder de cálculo mental por um período de meses.

A Universidade anunciou que a técnica de colocar eletrodos no couro cabeludo da cabeça com a aplicação de um ruído elétrico aleatório estimula partes do cérebro e suas células nervosas.

A técnica é chamada de ‘Estimulação Transcraniana de Ruído Aleatório’ (TRANS) e o Dr. Roi Cohen, coordenador da pesquisa, afirma que o processo “é indolor e não invasivo”.

No estudo, os pesquisadores aplicaram eletrodos apenas nas áreas conhecidas por sua relação com os cálculos matemáticos.

O Dr. Cohen solicitou 51 estudantes da Universidade de Oxford para participarem dos testes; 25 como parte do experimento e 26 como parte do grupo de controle.

Após cinco dias de exercícios de cálculos de memória, os resultados foram satisfatórios, disse o acadêmico.

“Descobrimos que apenas cinco dias de treinamento cognitivo TRANS foram capazes de alcançar melhorias duradouras nas funções cognitivas do cérebro”, disse Roi Cohen, segundo um comunicado de Houston, acrescentando que esses efeitos se prolongarão por cerca de seis meses.

“Nossos resultados de neuroimagem sugerem que a TRANS aumenta a eficiência com que as áreas estimuladas no cérebro utilizam suas fontes de oxigênio e nutrientes.”

Cohen explicou que uma aplicação mais ampla do método envolve uma série de barreiras sociais, éticas, financeiras e até mesmo científicas, que devem ser superadas, no entanto, os resultados atuais abrem novas possibilidades de estudo em direção ao que ele considera positivo.

De acordo com Cohen, o método TRANS é considerado inofensivo e capaz de contribuir com êxito no trabalho dos neurônios cerebrais no âmbito cognitivo, mas, com um único estudo, a Universidade adverte que não é possível avaliar os efeitos em outras áreas.

“É importante que um trabalho futuro neste campo investigue os aspectos negativos e assegure que o estímulo de uma capacidade cognitiva não ocorra em detrimento de outra capacidade”, disse o psicólogo.

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