Imperador Wu da Dinastia Liang, um patrono do budismo

24/02/2013 17:45 Atualizado: 01/06/2013 14:50
Imperador Wu da Dinastia Liang, um patrono do budismo (Jane Ku/The Epoch Times)

Xiao Yan (464-549 d.C., de nome póstumo Wu Di), fundador e primeiro imperador da Dinastia Liang do Sul, foi um dos imperadores mais duradouros da história chinesa, reinando por 48 anos. Ele faleceu com 85 anos, ficando atrás apenas do Imperador Qianlong (1711-1799) da Dinastia Qing.

Supostamente um descendente de Xiao He, um famoso primeiro-ministro da Dinastia Han, Xiao Yan ficou conhecido como um intelectual educado, general e patrono do budismo.

Pouco após assumir o trono, ele se empenhou profundamente nos deveres imperiais com paixões admiráveis. Ele consolidou o sistema educacional, promoveu funcionários justos e reformou os códigos dos rituais.

Para melhorar a comunicação com seu povo, ele colocou duas caixas de correio próximas do portão do palácio imperial, uma para reclamações sobre oficiais do governo e outra para apelações comuns.

Xiao Yan atribuía grande importância à seleção e nomeação de funcionários do governo. Ele marcava encontros com funcionários de baixa patente para mostrar seu apreço, promoveu e premiou muitos oficiais justos e imparciais e como consequência a governança melhorou significativamente.

Ele reformou o sistema de ensino e reabriu as escolas nacionais para treinar funcionários públicos e intelectuais mais qualificados. Ele dissolveu o coro da corte e proveu recursos aos artistas idosos que não podiam mais atuar.

Educado oficialmente nos cânones confucionistas, Xiao Yan também ampliou seu interesse pelas obras do taoísmo, mas finalmente decidiu se converter ao budismo logo após assumir o trono como imperador. Em sua cerimônia de conversão estiveram presentes mais de 20 mil monges e leigos numa assembleia religiosa de grande escala.

Ele esperava construir “um país budista”, onde as pessoas buscassem a libertação dos desejos mundanos. Ele se tornou vegetariano e proibiu o sacrifício de animais. Como autor de alguns textos bem conhecidos do budismo, ele ordenou a preparação do primeiro Tripitaka chinês, uma coleção de escrituras budistas. Como um imperador de grande compaixão, ele era extremamente cauteloso ao aplicar a pena capital.

Como um crente devoto, ele sonhava em ser monge num templo em vez de imperador. Em 527, ele deixou seu gabinete em troca de um mosteiro, mas foi persuadido a voltar ao palácio por um grupo numeroso de seus ministros, que eventualmente descobriram seu paradeiro. Mais tarde, ele fez outras tentativas durante seu reinado e era conhecido como “o monge imperador” ou “imperador bodisatva”.

Sob seu reinado, o desenvolvimento da cultura e da economia atingiu patamares únicos na história chinesa e o budismo se tornou a religião nacional, mas conforme o imperador gradualmente substituía seu interesse pelos assuntos nacionais em troca da devoção religiosa, principalmente nos últimos anos de seu reinado, alguns ministros se aproveitaram de sua magnanimidade.

Aos 85 anos, ele morreu de fome num monastério após a capital ser atacada e capturada por um exército liderado por um líder bárbaro.

Para conhecer outras figuras históricas da antiga China, clique aqui.

Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT

Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT