Impacto econômico do tabagismo no Brasil

02/06/2012 13:48 Atualizado: 02/06/2012 13:48

Bitucas de cigarro. (Ben Schumin/Wikimedia Commons)Custos no tratamento das doenças provocadas pelo tabaco aparentemente superam investimentos em tratamentos deixar de fumar no país

No dia internacional Sem Tabaco, comemorado nesta quinta-feira, 31/05, um estudo lançado pela Aliança de Controle ao Tabagismo (ACT), afirmou que tabagismo faz mal tanto à saúde quanto à economia.

Inédito, o estudo mostrou que o Brasil gastou quase 21 bilhões de reais em custos diretos no ano de 2011 para tratamento e doenças tabaco-relacionadas como câncer, doenças cardíacas, pulmonares e derrames.

30 % do valor total gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) são voltados para doenças tabaco-relacionadas, segundo o estudo, para o ano de 2011. A perda da capacidade laboral é uma das principais consequências da epidemia do tabagismo.

O estudo demonstrou que para o ano de 2008, 2,4 milhões de pessoas morreram devido a doenças provocadas pelo tabaco, o que equivale a 13 % do total das mortes no país.

O país tem investido em medicamentos para ajudar as pessoas que querem deixar de fumar. O Ministério da Saúde (MS) informou nesta sexta-feira, 1º de julho, que o país investiu em 2011, 33 milhões de reais em medicamentos anti-tabaco. Os recursos para esta finalidade cresceram 470 % nos últimos seis anos, segundo a Agência Saúde.

Campanhas são lançadas para incentivar as pessoas a deixarem de fumar. O MS lançou junto ao Instituto Nacional de Câncer (INCA) a campanha “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro mundo”, visando discutir os malefícios do tabaco à saúde dos produtores e consumidores. Em 2011 foi lançado pelo MS o Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no país, que prevê redução de 15% para 9% a proporção de fumantes na população adulta brasileira e iniciação de adolescentes e adultos até o ano de 2022, segundo a Agência.

O SUS oferece tratamento gratuito para pessoas que querem deixar de fumar e este é o objetivo mais frequente para quem liga na Ouvidoria do Disque Saúde, informou a Agência.