Imitação com inteligência social

29/08/2012 00:00 Atualizado: 06/08/2013 18:26
Interações sociais complicadas: imitar a linguagem corporal de alguém pode melhorar a impressão que essa pessoa tem de você, mostra pesquisa. Espectadores podem pensar mal de você se a pessoa que você está imitando não for amigável.

Imitar a linguagem corporal do outro pode trazer custos à reputação, sugere pesquisa.

Estudos psicológicos anteriores mostraram que imitar o comportamento de outra pessoa como posturas, gestos, e expressões faciais podem influenciar a pessoa que está sendo imitada a ter uma melhor impressão do imitador, auxiliando o imitador a fechar uma venda, a ter sucesso em uma entrevista ou em um encontro.

Ao examinar a percepção de um terceiro a respeito de mimetismo diádico, pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego, questionaram a percepção popular de que imitações sutis são atos de fortalecimento das relações sociais.

Os participantes do estudo avaliaram um entrevistado em competência, confiabilidade e simpatia após assistirem a várias entrevistas encenadas e gravadas.

Uma parte dos participantes assistiu vídeos de um entrevistador amigável, enquanto outro grupo assistiu um entrevistador condescendente. Alguns vídeos exibiram o entrevistado imitando inocuamente os comportamentos do entrevistador, como tocar o queixo ou cruzar as pernas, e os outros vídeos mostraram outro entrevistado sem atos de espelhamento.

Resultados descobriram que quando o entrevistador não era amigável, os participantes avaliavam o entrevistado que não imitou como mais competente do que o entrevistado que imitou, embora os participantes tenham relatado não ter consciência do mimetismo nos entrevistados.

Além disso, verificou-se que quando os participantes recebiam informações positivas sobre o entrevistador condescendente, como a sua participação em trabalho humanitário, os custos à reputação incorridos pelo entrevistado imitador desapareciam.

“É bom ter a capacidade de imitar, mas uma parte importante da inteligência social é saber como utilizar essa capacidade de uma maneira seletiva, inteligente e dependente do contexto”, disse o pesquisador Piotr Winkielman em um comunicado de imprensa.

“Às vezes a coisa socialmente inteligente a fazer é não imitar.”

A pesquisa foi publicada na revista ‘Psychological Science’ em agosto de 2011.

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