Flutuações de calor no início da expansão universal são mais débeis do que se esperava
A missão do telescópio espacial Planck da Agência Espacial Europeia (ESA) publicou ontem o mapa mais detalhado até o momento da luz e da radiação cósmica do universo logo após o início da expansão desencadeada pelo evento conhecido como big bang.
Os astrónomos advertiram que ficaram surpreendidos pelas características “que desafiam os fundamentos de nossa compreensão atual do universo”.
Trata-se de flutuações de temperatura que são mais débeis do que se esperava e que correspondem a regiões de densidades diferentes de onde emergiram as estrelas e as galáxias de hoje.
“Um dos achados mais surpreendentes é que as flutuações na temperatura da radiação cósmica de fundo em grandes escalas angulares não coincidem com o modelo padrão previsto. Os sinais não são tão fortes como esperado”, disse a equipe da ESA.
A imagem corresponde à luz mais antiga já identificada do universo, quando haviam passado apenas 380 mil anos após a explosão do big bang.
Os astrônomos da ESA destacam que após esta explosão, o universo estaria cheio de “uma densa sopa quente de interações de prótons, elétrons e fótons a cerca de 2700ºC”.
“Quando os prótons e elétrons se uniram para formar átomos de hidrogênio, a luz foi liberada. À medida que o universo foi se expandindo, esta luz se espalhou para comprimentos de onde de micro-ondas, equivalente a uma temperatura de apenas 2,7 graus acima do zero absoluto”, informou a ESA.
O modelo padrão da cosmologia prediz que flutuações surgiram imediatamente após o big bang e que se estenderam a grandes escalas cosmológicas num breve período de expansão acelerada conhecido como inflação.
O novo mapa do Planck registra estas flutuações de temperatura num mapa global do universo. Os astrofísicos agora estão discutindo os surpreendentes resultados.
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