As autoridades na China sujeitam os chineses a abortos forçados, despejos forçados, trabalhos forçados e extração forçada de órgãos. Agora, há a cremação forçada.
Uma nova lei na província chinesa de Anhui estipula que após 1º de junho as pessoas serão cremadas quando morrerem; enterros não serão mais permitidos. Seis idosos na cidade de Tongcheng, nos arredores de Anqing, cometeram suicídio em maio para se certificar de que seriam enterrados no solo antes que a nova política entrasse em vigor, segundo o Beijing News. Os familiares disseram que a razão dos suicídios foi para evitar a política de cremação.
Caixões confiscados
Wu Jianqing, vice-chefe de propaganda na cidade de Tongcheng, na província de Anhui, disse em 25 de maio que de acordo com uma investigação, aproximadamente 45 mil caixões foram destruídos na cidade, sobrando apenas cerca de 800 caixões espalhados em residências particulares.
A sra. Qin, da vila de Jinshan, distrito de Daguan, cidade de Tongcheng, disse ao Epoch Times que rumores sobre a cremação obrigatória começaram a se espalhar na vila em abril, e todos os moradores se opuseram. Costumes funerários são uma tradição antiga e profunda e os locais acreditam que “a terra é o melhor local de descanso”, disse ela, acrescentando: “É cruel que as autoridades destruam os caixões dos anciãos e promovam a política de cremação à força; isso levou os anciãos a se suicidarem.”
Durante a campanha de coleta de caixões na vila de Luting, no distrito de Luting, em 8 de maio, um membro do comitê do Partido Comunista na vila serrou no meio o caixão da sra. Zheng Shifang, de 83 anos, enquanto ela observa impotente e logo depois desmaiava.
“Ninguém se preocupou em perguntar o que queremos”, disse Hu Hongci, o filho da sra. Zheng. “Os oficiais da vila disseram que era política de Estado. Nós não nos atrevemos a contrariar qualquer política e tivemos de assistir o caixão ser destruído.”
Depois de uma tentativa de suicídio tomando pílulas para dormir, a sra. Zheng Shifang enforcou-se na despensa de sua casa no início da manhã de 23 de maio.
Em 18 de abril, a liquidação dos caixões foi feita de porta-em-porta na vila de Chanchong, distrito de Dahuan, cidade de Tongcheng. Naquela noite, a sra. Jiang Xiuhua, de 81 anos, enforcou-se no jardim atrás de sua casa.
Outra mulher na casa dos oitenta, a sra. Zhang Wenying, também se enforcou. Sua família disse que ela fez isso porque estava determinada a “descansar em seu caixão”. Funcionários da vila pressionaram a família a assinar uma declaração dizendo que a morte da sra. Zhang não tinha relação com a nova política funerária, mas a família se recusou a assinar, segundo um artigo do Diário da Manhã do Oriente.
Chineses na China continental não tem os direitos humanos básicos que a maioria das pessoas no mundo considera coisa comum. Do nascimento à morte, o Partido Comunista Chinês dita o que o povo chinês pode fazer e pensar.
Um internauta chinês comentou sobre a nova proibição de enterro: “Já ouvi falar de pessoas correndo para comprar casas e carros antes de novas políticas entrarem em vigor. Desta vez, elas estão correndo para morrer. As autoridades são implacáveis! Eles estão privando as pessoas de poderem viver em paz. Isso [ser enterrado] representa uma forma de crença. O Partido Comunista visa especificamente às crenças das pessoas e as destrói.”