Identificar empreendorismo em funcionários pode beneficiar os negócios

11/04/2012 03:00 Atualizado: 06/09/2013 01:01
Empresários bem sucedidos como Sir Richard Branson tendem a ser descritos como pensadores independentes, criativos, solucionadores de problemas, rápidos tomadores de decisões e orientados para objetivos (Michael Buckner/Getty Images)
Empresários bem sucedidos como Sir Richard Branson tendem a ser descritos como pensadores independentes, criativos, solucionadores de problemas, rápidos tomadores de decisões e orientados para objetivos (Michael Buckner/Getty Images)

Identificar funcionários com tendências empreendedoras e canalizar seus talentos criativos pode levar empresas a serem mais bem-sucedidas, segundo um estudo recente.

O estudo de 458 funcionários de diferentes organizações pela Escola de Ciências Econômicas e Políticas de Londres (LSE) e pela Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, sugere que para as empresas serem mais competitivas no mercado global, elas precisam ser mais engenhosas e fazerem maior uso do talento dos empreendedores em seu local de trabalho.

Empreendedores, como o empresário bem sucedido Richard Branson e Steve Jobs, tendem a ser descritos como pensadores independentes, criativos solucionadores de problemas, rápidos tomadores de decisões e indivíduos orientados para objetivos.

O Dr. Elliroma Gardiner da LSE e o Prof. Chris Jackson de UNSW disseram num comunicado que “ser independente é mais do que apenas ter uma ideia ou um palpite válido, é sobre assumir riscos reais e atingi-los de uma forma única e inesperada”.

Além de terem tendência a assumir riscos, empreendedores estão abertos a novas ideias. Richard Branson começou sua própria companhia aérea Virgin Atlantic, e adquiriu a poderosa British Airways, se tornando uma das companhias aéreas mais rentáveis do mundo.

A pesquisa constatou que, apesar de empreendedores serem criativos e pensadores independentes, eles tendem a ser problemáticos e fracos membros de equipe, e, portanto, de baixa “afabilidade”.

Eles geralmente são extrovertidos e altamente persuasivos em obter apoio para suas ideias.

Gardiner e Jackson concluíram, “Embora não estejamos sugerindo que as empresas corram para preencher suas organizações com ’empreendedores’, o que estamos sugerindo é que na situação atual, em que muitas empresas estão pedindo a seus funcionários para fazer mais com menos, encorajar os funcionários a serem criativos e dar-lhes certa flexibilidade para assumirem riscos calculados pode ter alguns benefícios potenciais.”

A pesquisa será publicada ainda este ano no Jornal Britânico de Psicologia.