A Hewllet-Packard anunciou na semana passada que irá vender mais da metade de suas ações para o regime chinês.
A venda é uma medida similar à da IBM, que finalizou a venda de U$ 2.3 bilhões do seu negócio de servidores x86 para a empresa chinesa Lenovo em outubro de 2014.
A Hewlett-Packard enfrenta um período de queda nas suas vendas. De acordo com a Bloomberg Business, suas receitas caíram U$ 10 bilhões desde julho de 2010.
“A HP está a realizando uma jogada ousada para vencer na China de hoje”, disse Meg Whitman, presidente e CEO da Hewlett-Packard, num comunicado de imprensa.
Leia também:
• China produzirá tecnologia de ponta em computação com ajuda da IBM
• China é responsável por perda competitiva de Hong Kong, afirmam especialistas
• Corrupção: um meio de fazer negócios na China
Parte do problema são as novas restrições do regime chinês sobre vendedores estrangeiros de tecnologia, de acordo com a Bloomberg Business. O regime chinês está pressionando os bancos, o exército e as grandes companhias para deixarem de comprar tecnologia estrangeira.
A Hewlett-Packard está renunciando a um negócio de U$ 4.5 bilhões com esperança de poder permanecer no mercado chinês, até certo ponto. Está vendendo 51% das suas ações à China, mais propriamente a um ramo da universidade Tsinghua, de Pequim.
O regime chinês começou a atacar as empresas do EUA através de propaganda e restrições, em retaliação direta após o Departamento de Justiça dos EUA ter indiciado cinco hackers do exército chinês, em maio de 2014. A China tem usado principalmente declarações do antigo empregado da NSA Edward Snowden sobre as atividades de espionagem dos EUA para difamar as empresas estrangeiras de tecnologia.
Espera-se que o negócio se concretize no final de 2015, de acordo com um comunicado de imprensa.