Uma mulher chinesa entrou repentinamente em um doloroso trabalho de parto, após 40 semanas de uma gravidez sem intercorrências. Ela correu com seu marido para um hospital, na cidade de Nanchong, província de Sichuan, na manhã de 5 de fevereiro.
Depois de uma curta parada na recepção do hospital, o marido foi imediatamente para o departamento de ginecologia e obstetrícia do 6º Hospital Popular Nanchong Jialing, para alertar a equipe sobre a condição urgente de sua esposa.
E, ao invés da equipe se mobilizar para ajudar com o parto, fizeram o contrário: a enfermeira presente no departamento reencaminhou o casal para a recepção, no andar inferior, sob o pretexto de que o sistema de informática do hospital estava no processo de atualização e, por isso, seria impossível registrar o nascimento ou a internação da mãe.
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Devido ao rigoroso regime de planejamento familiar da China, cada nascimento deve ser registrado. Recentemente, os casais foram autorizados a ter um segundo filho, mas os requisitos para a documentação continuaram.
De acordo com o jornal local, Diário da Metrópole Ocidental, Chai Jun, o marido da parturiente, ficou ansioso e pediu à enfermeira para tentar contactar médicos que pudessem ajudar sua esposa a ter o bebê fora das formalidades burocráticas. A enfermeira recusou-se a atendê-lo e disse para ele encaminhar sua esposa para um hospital diferente.
Chai então levou sua esposa para outro hospital, o Hospital Yingshan de Medicina Tradicional Chinesa, localizado nas proximidades. Sua esposa precisou parar para descansar em vários trechos do caminho.
Os médicos descobriram que o feto estava sofrendo de falta de oxigênio e precisava ser parido através através de cesariana.
Apesar de todo o contra tempo, a esposa de Chai finalmente deu à luz com sucesso em 7 de fevereiro.
Chai voltou para o Hospital do Povo para obter uma explicação da equipe, sobre o fato deles terem rejeitado fazer o atendimento anteriormente. Guangfu Tan, chefe do departamento de ginecologia e obstetrícia, pediu desculpas e disse que, na verdade, não havia pessoal suficiente naquele momento, apesar dos regulamentos afirmarem que eles deveriam ter sido atendidos de qualquer forma.
Como consolo, Tan disse a Chai que eles seriam bem-vindos novamente ao 6º Hospital Popular Nanchong Jialing, caso eles tenham um segundo filho. Chai recusou a oferta, dizendo que eles não iriam voltar.