A primeira pessoa diagnosticada com ebola nos Estados Unidos – e fora da África – avisou que havia chegado da Libéria a funcionários que a atenderam em sua primeira visita ao Hospital Presbiteriano de Dallas. Mesmo assim, foi liberada com a prescrição de antibióticos.
A informação é de Mai Wureh, irmã do paciente. Identificado como Thomas Eric Duncan, o paciente de origem liberiana desembarcou nos Estados Unidos em 20 de setembro, começou a manifestar os sintomas no dia 24 e procurou ajuda médica no dia 26.
Dois dias depois, quando seu estado de saúde piorou, retornou ao hospital e foi internado com suspeita de ebola.
Mark Lester, vice-presidente do serviço de saúde do Texas, confirmou nesta quarta-feira que um enfermeiro perguntou a Duncan em sua primeira ida ao hospital se ele havia estado em áreas afetadas pelo ebola na África ocidental, mas que a “informação não foi totalmente comunicada” à equipe médica.
Funcionários do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estão em Dallas para garantir que as pessoas que tiveram contato com o paciente sejam monitoradas por 21 dias, tempo que pode levar para que uma pessoa infectada apresente os sintomas da doença. Dentre elas estão cinco crianças de Dallas, além dos parentes de Duncan.
Nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o total de mortes causadas pela atual epidemia do vírus ebola alcançou 3.338 pessoas e o número de casos prováveis, confirmados e suspeitos soma 7.178.
Os países afetados são Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal e Serra Leoa. A agência alerta que o número de casos pode crescer exponencialmente, com mais de 20 mil infectados até o começo de novembro, se novas medidas não forem adotadas para conter o vírus.