Na quinta-feira (18), os legisladores de Hong Kong rejeitaram reforma eleitoral proposta por Pequim após dois dias de debate. O projeto de lei permitiria que cidadãos de Hong Kong elegessem diretamente o chefe executivo da cidade a partir de 2017, mas sob a condição de que todos os candidatos fossem aprovados por Pequim.
O projeto teve 28 votos contra (todos eles de legisladores pró-democracia, com exceção de um), oito votos a favor e 34 abstenções. Em uma aparente tentativa de tornar o quórum insuficiente, vários legisladores que apoiam o comunismo chinês deixaram a câmara do Conselho Legislativo pouco antes da votação. No entanto, os legisladores que permaneceram foram suficientes para que a votação fosse realizada.
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Uma multidão que aguardava o resultado do lado de fora do edifício do Legislativo comemorou o resultado.
Os pró-democracia de Hong Kong – estudantes, trabalhadores, donas de casa e aposentados – desconfiavam tanto da reforma eleitoral de Pequim que no ano passado tomaram as ruas dos principais bairros comerciais e governamentais durante três meses, e este ano já organizaram vários protestos e marchas, sendo a mais recente realizada no último domingo, por isso consideraram este resultado como uma vitória.
A alegação dos favoráveis à democracia é de que o plano traçado por Pequim, que foi emitido no dia 31 de agosto do ano passado, representa uma falsa democracia, já que os dois ou três candidatos a presidente-executivo seriam selecionados por um comitê a serviço dos interesses de Pequim.
O atual chefe-executivo, Leung Chun-ying, que apoia o regime totalitário de Pequim, disse que estava “desapontado” com o resultado. “Este é o momento de nossa comunidade seguir em frente”, disse ele a jornalistas. “Nos próximos dois anos, o governo de Hong Kong vai concentrar seus esforços no desenvolvimento econômico e nas questões de sobrevivência”, acrescentou.