Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) são uma tendência preocupante na medicina esportiva
Em breve, com a primavera chegando e com a mudança para dias mais quentes, muitas pessoas buscarão sair de casa e praticar exercícios ao ar livre. Porém, junto com os novos hábitos saudáveis, cresce também o risco de lesões, especialmente nos esportes. Para evitar maiores danos, as pessoas precisam aumentar os cuidados com o corpo.
“Primeiro mandamento: não causar lesão.”
Há uma tendência perturbadora na medicina esportiva hoje em dia: o uso de uma classe de drogas que não apenas dificultam a recuperação, mas também aumenta o risco de desenvolver lesões esportivas.
Atletas estão usando estes medicamentos, supostamente inofensivos, com maior frequência do que nunca. Estas drogas são até mesmo recomendadas por médicos e fisioterapeutas, como auxílio no processo de recuperação, embora tenha-se demonstrado que elas têm o efeito oposto.
Muitos atletas decidem usar um grupo de medicamentos, os chamados anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs), para melhorar o desempenho, e prevenir e tratar lesões existentes. Este grupo de medicamentos inclui o ibuprofeno (Motrin, Aleve), o paracetamol (Tylenol), e o ácido salicílico (aspirina). Eles estão longe de serem benignos.
Na superfície, estes medicamentos parecem inofensivos, pois ajudam a combater a inflamação e atenuar a dor. Contudo, eles:
• São as principais causas de insuficiência renal hoje em dia nos EUA;
• Provocam sangramento gastrointestinal em TODOS os usuários;
• Provocam gastrite e úlcera péptica em muitos usuários regulares;
• Suprimem o sistema imunológico;
• Atrasam o processo de cura;
• Promovem lesões crônicas;
• Ofuscam a percepção de importantes sinais de dor;
• Aumentam o risco de novas lesões;
• Aumentam o risco de agravamento de lesões já existentes;
• Estão em direta contradição com a máxima: “Escute seu corpo”.
Atletas que usam AINEs antes, durante e após os exercícios aumentam o risco destas complicações. Mesmo na ausência de exercício físico vigoroso, estes agentes são conhecidos por causar danos ao corpo. Mas com os exercícios, o uso dos AINEs aumenta o risco de lesões diversas.
Durante o exercício, o corpo normalmente experimenta leve desidratação e maior concentração de hemoglobina. Esta redução do volume de água no corpo leva a um aumento da concentração de todos os medicamentos no corpo. Como resultado, concentrações de drogas maiores que o normal chegam aos rins, estômago, fígado, intestinos e músculos.
Com o aumento das concentrações, o mesmo ocorre com o risco de lesões. Os efeitos tóxicos destas substâncias são ampliados durante o exercício, resultando num risco aumentado de desenvolver um ou mais efeitos colaterais.
Não apenas os efeitos tóxicos das drogas aumentam durante os exercícios, mas também os seus efeitos analgésicos e imunossupressores. Como resultado, aumenta-se a chance de que pequenas lesões e traumas microscópicos nos tecidos passem despercebidos. O efeito cumulativo destas lesões pode levar a uma espiral de redução da consciência corporal e ao agravamento das lesões já existentes.
A dor não é apenas uma mensagem importante do corpo, a qual indica os limites fisiológicos, mas também é um componente fundamental no mecanismo de cura. Estes medicamentos interferem diretamente na resposta inflamatória, que é parte do mecanismo de cura do corpo.
Os AINEs não devem ser usados rotineiramente pelos atletas para evitar lesões, melhorar o desempenho, ou para tratar uma lesão já existente. Uma ferramenta muito mais segura e mais eficaz para tratamento de lesões esportivas é a homeopatia.
Parte 2: Tratamento homeopático
O Dr. Whitmont é um médico homeopata clássico com clínica em Rhinebeck, N.Y., e na cidade de Nova York. Seu site é Homeopathicmd.com