O açafrão é uma das primeiras flores a aparecer na primavera.
Crocus sativa (açafrão) é da família das iridáceas. Seu uso homeopático foi descoberto pelo Drs. Stapf e Gross, dois dos colegas mais próximos do Dr. Hahnemann. (O Dr. Hahnemann foi o fundador do sistema homeopático de medicina.)
Um dos sintomas que as pessoas que necessitam deste remédio tem é “uma sensação peculiar como se algo vivo se movesse no abdome ou peito.” – Um Dicionário de Matéria Médica Prática, de John Henry Clarke, M.D.
O Dr. Clarke relata este caso: “Numa ocasião, no hospital, eu vi uma jovem que estava realmente muito doente com insuficiência cardíaca e com a doença da válvula cardíaca, num ataque de riso histérico. Isso me fez pensar no açafrão. A única sensação definida que ela se queixava era uma sensação como se algo ‘saltasse’ do coração. Ela foi medicada com Crocus 30 e rapidamente foi capaz de se deitar (tendo sido incapaz disso por semanas), e a partir desse momento ela teve uma rápida recuperação.”
Pessoas que necessitam deste remédio homeopático podem ter ataques de riso incontrolável, como o caso de crianças chamadas espirituosas.
Aqueles que necessitam do Crocus (açafrão) podem sofrer de alterações de humor extremas: de estar carinhoso a ficar muito irritado e em seguida voltar a ficar afetuoso novamente; de estar feliz a começar a chorar e em seguida voltar a ficar feliz de novo.
Algumas mulheres que precisam desse remédio imaginam que estão grávidas. O Dr. Dorothy Shepherd disse em A magia da dose mínima: “Ela tem certeza que está prestes a tornar-se mãe, e nada que você ou qualquer outro médico disser irá convencê-la do contrário. ‘Mas doutor, eu sinto o bebê mexer.’ Disse uma mãe reservadamente a enfermeira, apesar de tudo o que eu disse para convencê-la do contrário. […] Ela tomou algumas doses de Crocus, e logo após esqueceu seu delírio anterior. […]”
Outra indicação para este remédio é a compulsão de cantar uma vez que se ouve uma única nota de música. “Se esta pessoa ouve simplesmente uma nota de som, ela começa a cantar involuntariamente e depois ri sozinha, e logo canta de novo, apesar de sua determinação de não mais cantar.” – Adendos à Matéria Médica Pura, de Ernst Stapf, M.D.