Método que captura o gás em microesferas de plástico que se comportam como líquidos, facilitando o transporte e armazenamento de combustível
Foi identificada uma maneira nova e segura de armazenar o hidrogênio, o que poderia permitir a sua utilização em larga escala, apresentada como um combustível alternativo livre de carbono, informou a NTDTV.
A empresa britânica Cella Energy desenvolveu um método que captura o gás em esferas de plástico que se comportam como líquidos, facilitando o transporte e o armazenamento do combustível.
A opinião unânime é que o hidrogênio é uma das melhores alternativas para os combustíveis no futuro, mas nunca houve um consenso sobre como usá-lo; e questões como transporte e armazenamento do gás, que deve ser mantido sob alta pressão ou temperaturas baixas, têm limitado sua disseminação em quase todos os meios usuais da sociedade.
Mas a empresa Cella Energy acredita ter resolvido o problema com seu método pioneiro de armazenamento, que, segundo seus desenvolvedores, exige pequenas modificações para carros e postos de gasolina para ser utilizado.
A empresa, durante quatro anos de pesquisa secreta, feita no famoso Laboratório Rutherford Appleton, desenvolveu um método patenteado, que captura o hidrogênio em micro ou nano partículas e se comporta como um líquido.
“Por ser líquido, poderia se usar parte da infraestrutura existente para a gasolina que usamos hoje. Portanto, você pode usar barcos para o transporte do material em todo o mundo. Nos postos recipientes pode-se abastecer os veículos dos clientes, o mesmo tipo de experiência que temos com os nossos carros”, disse Stephen Bennington, o pesquisador-chefe da Cella Energy, à Reuters.
O processo de criação utiliza o combustível nano-estruturado, criam-se micro fibras de hidretos que absorvem o hidrogênio como uma esponja, resultando num tipo de papel absorvente.
Estes complexos hidretos são capturados em microesferas de plástico, estáveis e seguras o suficiente para permitir que o hidrogênio possa ser manipulado no ar e vertido num tanque.
“No carro, haverá dois bicos. Um que introduzirá novas esferas e outro que retirará as microesferas velhas para que sejam recicladas, assim o hidrogênio poderá ser reinserido nelas”, previu Bennington.
Tudo isso contribui para a convicção da empresa e seu presidente, Stephen Voller, que este processo pode ser o prenúncio de uma nova era em motores livre de carbono:
“A experiência é idêntica à da maioria das pessoas que utilizam regularmente os combustíveis líquidos, em que leva três minutos para encher o tanque do veículo e, em seguida, você pode viajar centenas de quilômetros. Agora você pode ter exatamente a mesma experiência com o hidrogênio, mas você não pode ter a mesma experiência com um carro elétrico”, segundo a NTDTV.
A Cella Energy diz que seu processo pode alimentar carros e aeronaves sem restrições e está atraindo o interesse do setor energético e de transporte. A meta da empresa é oferecer uma alternativa para mudar o jogo e acabar com o monopólio mundial dos combustíveis fósseis.