Hemodiafiltração: novo tratamento para insuficiência renal

04/09/2013 10:16 Atualizado: 04/09/2013 10:16
Paciente com problemas de saúde internado em um hospital (Sean Gallup/Getty Images)
Paciente com problemas de saúde internado em um hospital (Sean Gallup/Getty Images)

As pesquisas em Nefrologia têm feito o possível para diminuir o impacto do tratamento dialítico nos pacientes com Insuficiência Renal Crônica, quando os rins perdem a capacidade de filtrar as toxinas do sangue. Desmineralização óssea, anemia e hipertensão arterial estão entre os problemas mais graves enfrentados por quem precisa aguardar por um transplante renal.

Uma das mais recentes formas de tratamento é a hemodiafiltração, em que o sangue do doente passa por um filtro “maior” que consegue captar mais toxinas do que em uma Hemodiálise convencional. “Isso acontece porque o tipo de filtro e a pressão exercida durante a filtração arrastam moléculas maiores para fora do sangue”, explica a Dra. Zita Brito, do Centro de Rim, Diabetes e Cardiologia do Hospital 9 de Julho (H9J).

O novo Centro de Medicina Especializada do H9J, prédio de 13 andares construído especialmente para apoiar os Centros de Referência na realização de consultas, exames e procedimentos ambulatoriais, possui um andar dedicado ao tratamento dialítico. Para reforçar esse atendimento, foram investidos R$ 280 mil na aquisição de sete novos equipamentos de Hemodiafiltração.

A Dra. Zita lembra que alguns estudos científicos já têm mostrado a redução de complicações em pacientes que utilizam esse método, como um menor índice de inflamação, desnutrição, Anemia, assim como risco cardiovascular e insuficiência cardíaca, além de uma redução na mortalidade de até 46% por complicações do tratamento. Essa redução está ligada à maior eficiência na retirada das substâncias que desencadeiam as complicações.

Se considerarmos que o tempo médio de uma pessoa em tratamento dialítico pode ser longo, a Hemodiafiltração aumenta a qualidade de vida, permitindo uma dieta menos restritiva, além de minimizar o impacto da diálise na saúde global dos pacientes, inclusive reduzindo os casos de depressão.

O tratamento já está disponível no Brasil e pode ser realizado de três a seis vezes por semana, como na Hemodiálise convencional. “Atualmente, é a opção mais próxima do funcionamento de um rim humano”, reforça a Dra. Zita, com a ressalva de que, mesmo este equipamento está longe de substituir a qualidade e eficiência de filtragem de rins saudáveis. Por isso, cuide dos seus rins! Se você tiver pessoas na família com histórico de doença renal, ou se tiver diabetes e hipertensão faça acompanhamento médico regularmente.

Esta matéria foi originalmente publicada pelo Hospital Nove de Julho