Entre o ódio e a hipocrisia, a esperança continua a perder vidas e ontem (27) o Hamas ofereceu um cessar-fogo de 24 horas – iniciando às duas da tarde – horas depois de Israel desistir do seu cessar-fogo, quando de Gaza os rockets choviam numa insistência desafiadora. Esgotados ao fim de quase 20 dias da menos inocente de todas as guerras modernas, a mídia internacional calibrava o resumo dos últimos desenvolvimentos com as análises e desabafos daqueles que, com maior ou menor distância e frieza, com mais ou menos da própria pele investida no conflito, procurava um novo ângulo vivo entre todos os já mortos.
Quando a equipe diplomática das Nações Unidas se pôs em campo para ver se Israel considerava o que foi proposto como uma “pausa humanitária”, as sirenes já estalavam de novo no Sul de Israel. Pouco depois, o exército informava que mais três rockets tinham conseguido penetrar o seu sistema antimíssil – Iron Dome. Não houve vítimas nem danos, mas o sentido de oportunidade do Hamas deixou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, bastante convencido ao afirmar numa entrevista a um canal de televisão norte-americano: “O Hamas não respeita nem seu próprio cessar-fogo; continua disparando contra nós, agora mesmo, enquanto falamos.”
Feriado muçulmano
Um porta-voz do grupo militar que controla a Faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, disse à Reuters que “em resposta à intervenção da ONU e considerando a situação que enfrenta a nossa população e a ocasião do Eid al-Fitr, foi acordado entre as facções da resistência o apoio a uma pausa humanitária de 24h, com início às 14h de domingo”.
Eid al-Fitr marca o fim do mês sagrado do Ramadã e é um dos mais importantes feriados do calendário muçulmano, iniciando-se hoje (28).
O exército israelense informou ontem (27) que mais um dos seus soldados envolvidos na ofensiva terrestre a Gaza morreu, fazendo o número total de baixas subir para 43. Dos milhares de rockets palestinos que saíram com destino a Israel, cerca de 10% penetraram a bateria antimísseis, caindo no território, com um saldo de três civis mortos.
Editado por Epoch Times
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