Hackers invadem sites e criticam o regime chinês

31/07/2013 18:22 Atualizado: 31/07/2013 18:35
O site de uma agência funerária da cidade de Changsha foi hackeado no dia 25. Este foi mais um dos ataques do grupo “Hackers anticomunistas”, que têm se mostrado bastante ativo e bem-recebido pelos internautas (Imagem da internet)

O regime da República Popular da China, conhecido por seus mecanismos de censura e de repressão às liberdades individuais, investe anualmente cifras astronômicas em espionagem, escutas telefônicas e bloqueios ao acesso livre à internet. Sites estrangeiros – como a popular rede social Facebook – e sites chineses que tratam de “temas delicados”, como direitos humanos, críticas ao regime, etc., são meticulosamente monitorados pelo serviço de inteligência chinês.

Devido a estas circunstâncias, vários grupos hackers emergiram na China nos últimos anos, fornecendo softwares que permitem contornar o bloqueio da internet e acessar sites proibidos pelo governo. Além disso, os hackers mais habilidosos têm utilizado a web para realizar protestos e criticar diretamente as violações e corrupção do governo chinês.

No dia 25, uma organização hacker conhecida, chamada “Hackers anticomunistas”, invadiu o site “96321.org” – o site de uma empresa prestadora de serviços funerários da cidade de Changsha. Os hackers usaram uma foto de velório e colocaram na legenda “Velório pelo Partido Comunista Chinês [PCC] – um destino merecido por seus inúmeros crimes” e “PCC, sua morte já vem tarde!”. Pouco mais embaixo estava a “assinatura” com o nome da organização em vermelho.

O site ficou fora do ar por algumas horas até ser restaurado. Ataques a sites chineses como forma de protesto é algo que ocorre com cada vez mais frequência, um reflexo da crescente insatisfação social, bem como um símbolo do monopólio do acesso a informação detido pelo governo chinês, que os hackers desafiam e gradativamente ganham espaço.

Segundo um levantamento feito pelo Epoch Times, o ataque do dia 25 foi o 29º feito pela organização ‘Hackers anticomunistas’ nos últimos 3 meses. Dentre os sites invadidos estavam: Centro de Tecnologia e Inteligência de Pequim (11/05); Comitê Nacional de Docentes de Ensino à Distância (20/05); livraria virtual oficial do governo chinês (23/05); Secretaria de Educação da cidade de Changchun (01/06); Secretaria de Obras da cidade de Shanyang (07/06); Instituto de Demografia da Universidade de Shifan (22/06); Academia Chinesa de Historiadores (25/06); o perfil em rede social da filial chinesa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (11/07); prefeitura da cidade de Xianyang (25/07).

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