Ciberespiões chineses acessaram projetos de mais de duas dezenas de grandes sistemas de armas norte-americanos, segundo o Washington Post.
O jornal citou uma seção não pública de um relatório de janeiro preparado para o Pentágono, que lista os projetos comprometidos para armas de defesa, como o avançado sistema de mísseis Patriot ou PAC-3, e também de veículos de combate, como o helicóptero Black Hawk e o Navio de Combate Litorâneo da Marinha. Outros itens violados na lista incluem os sistemas de vídeo para VANTs (veículos aéreos não tripulados) e tecnologia de guerra eletrônica.
Um porta-voz do Pentágono, que só pôde responder não oficialmente, escreveu ao Post via e-mail, “O Departamento de Defesa tem uma preocupação crescente com a ameaça global à segurança econômica e nacional das persistentes intrusões cibernéticas que visam o roubo de propriedade intelectual e segredos e dados comerciais, o que ameaça a competitividade das empresas norte-americanas, como o complexo industrial de defesa.”
Além de permitir o desenvolvimento chinês de tecnologia avançada muito mais barata e rápida, as violações também podem melhorar os sistemas de armas do Estado comunista e removerem a vantagem militar operacional dos EUA num conflito futuro.
Winslow T. Wheeler, o diretor do Projeto Straus de Reforma Militar do Centro de Informações da Defesa (CDI), disse que os ciberataques tornam as defesas antimísseis dos EUA vulneráveis à interferência chinesa.
“Se eles penetrarem nos sistemas de combate, isso lhes permite compreendê-los e os capacita a prejudicar ou desativar seu funcionamento”, disse o Post. “Se eles obtiverem os algoritmos básicos do míssil e de como ele se comporta, é melhor alguém pegar um pedaço de papel e começar a projetar tudo de novo.”
A mídia australiana informou uma violação semelhante na segunda-feira, dizendo que hackers chineses obtiveram os projetos da nova sede do serviço de inteligência do país, além da tecnologia de várias empresas australianas, incluindo uma que fornece radiocriptografia para militares.
O presidente Barack Obama deve se reunir com novo líder chinês Xi Jinping na Califórnia na próxima semana. A segurança cibernética está na agenda.
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