Hackers chineses atacam agência de inteligência da Austrália

28/05/2013 20:35 Atualizado: 28/05/2013 20:35
Imagem de tela do website da ABC do programa investigativo Four Corners sobre informações secretas que teriam sido roubadas do governo e de empresas da Austrália por hackers chineses (The Epoch Times)

Os projetos para a nova sede da agência de inteligência da Austrália, localizada na capital de Canberra, foram roubados por hackers chineses, segundo a Australian Broadcasting Corporation.

A notícia, que atingiu duramente a Austrália na segunda-feira à noite, surge menos de dois meses após a premiê australiana Julia Gillard negociar uma “parceria estratégica” com a nova liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) e publicar um subsequente Livro Branco da Defesa afirmando que a República Popular da China (RPC) não é mais vista como uma ameaça.

A história foi ao ar na noite de 27 de maio no Four Corners, um programa sóbrio e amplamente respeitado na Austrália.

O Four Corners informou que hackers adquiriram informações secretas da Organização de Inteligência e Segurança Australiana (ASIO) por meio de um empreiteiro da construção.

Entre os documentos roubados havia detalhes do projeto, como arranjo e propósito de cada andar, sistemas de segurança, cabeamento e localização dos servidores.

O edifício de AU$ 630 milhões (cerca de US$ 606 milhões) estaria pronto em abrir, mas foi declarado que o ciberroubo é uma das razões do atraso da conclusão das obras e o fato do orçamento original ter ultrapassado em mais de AU$ 40 milhões.

O Prof. Des Ball, do Centro de Estudos da Defesa e Estratégia da Universidade Nacional da Austrália, disse à ABC que há duas opções, agora que a construção está quase concluída.

“Uma delas é aceitar o fato e aplicar protocolos extremos mesmo dentro da própria sede”, disse ele. “E a outra é quebrar todo o interior e começar de novo.”

A ABC também informou que a rede confidencial de e-mail do Departamento de Defesa australiano havia sido violada, bem como o Departamento do primeiro-ministro, o Gabinete do governo e o Departamento de Relações Exteriores e Comércio. Os hackers chineses também teriam se infiltrado em várias empresas, incluindo a BlueScope Steel e a fabricante de radiocomunicações criptografadas Codan.

O procurador-geral australiano Mark Dreyfus disse à ABC que não tinha qualquer comentário sobre “assuntos de inteligência ou operacionais”.

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