Shell anunciou que seu projeto é “técnica e cientificamente confiável”
Populações locais e ambientalistas estão descontentes com a recente aprovação de algumas centenas de concessões de petróleo e gás no Alaska Ártico, o que consideram um grande problema ecológico para a região. Os grupos contestaram esses acordos no tribunal federal.
O acordo Chukchi 193 é o nome oficial dado a cerca de 500 acordos que têm sido levados à mesa pela administração Bush, e, agora, foram retomados pela administração Obama.
O Serviço de Administração dos Minerais (MMS) divulgou os resultados de um estudo ambiental encomendado pela Justiça Federal, que afirmava ter corrigido suas deficiências, permitindo a revisão do plano de exploração petrolífero da Shell.
Grupos como a Sociedade Nacional de Audubon, a mais engajada nesse caso, pensam que pesquisas sobre o ecossistema da região devem ser realizadas antes da perfuração ocorrer.
O gigante do petróleo, Royal Dutch Shell Oil, aprovado para o empreendimento, adquiriu várias das concessões. O projeto deve começar durante o verão de 2012, a menos que os ambientalistas ganhem sua batalha nos tribunais.
Num discurso semanal no decorrer do mês de maio, Obama anunciou projetos futuros para acelerar e aumentar o que ele chama de “a produção petrolífera nacional responsável”. Isso inclui projetos do Ministério do Interior para organizar as vendas anuais de concessões na reserva nacional de petróleo do Alaska e estabelecer novos grupos intermediários para assegurar que os projetos do Alaska Ártico respondam bem a todas as normas sanitárias e ambientais.
No entanto, para os grupos como a Sociedade Nacional Audubon e a população Inuit, a administração prioriza a venda às grandes indústrias e não presta muita atenção ao meio ambiente. “Nós temos o direito à vida, à integridade física, à segurança, e temos o direito de desfrutar dos benefícios de nossa cultura”, disse Caroline Cannon, presidente da Vila Nativa de Ponto Esperança, num comunicado. “Para isso, vamos lutar e é por isso que fomos ao tribunal hoje. Nossa cultura não poderá jamais ser comprada ou reparada com dinheiro. Ela é inestimável.”