Organização está associada à empresa pró-comunista
HONG KONG – Praticantes do Falun Gong têm operado um posto de informações junto à saída da Estação Ferroviária de Hung Hom em Kowloon, Hong Kong, por 10 anos. Eles exibem cartazes e faixas sobre a prática espiritual e a perseguição do regime chinês à prática que ocorre desde 1999. Alguns praticantes realizam demonstrações de exercícios e falam com as pessoas que passam.
Em 10 de junho, os praticantes do Falun Gong chegaram ao mesmo local, como de costume, mas desta vez eles encontraram outro grupo pendurando vários cartazes caluniosos que pareciam ser direcionados ao Falun Gong. Embora o Falun Gong não fosse nomeado especificamente nas faixas, elas continham palavras como “contra o culto”. Historicamente, o regime chinês tem rotulado o Falun Gong de “culto maligno”.
Sem discutir, um praticante começou a exibir cartazes e faixas do Falun Gong nas áreas vazias. Várias pessoas do outro grupo deliberadamente cobriram as faixas do Falun Gong com mais das suas cheias de calúnias e alegaram estar lá desde as 3 da manhã.
De acordo com a Sra. Cheung, a coordenadora do Falun Gong entrevistada em 20 de junho, este grupo tem interferido por 10 dias. Várias dessas pessoas têm permanecido no local o tempo todo. Todos os dias, eles penduram faixas com diferentes slogans caluniosos nelas.
Em 19 de junho, várias pessoas do grupo colocaram alto-falantes dentro da área cercada onde os praticantes do Falun Gong costumam praticar seus exercícios de meditação. Propaganda comunista bradou em voz alta, ofuscando a música de meditação pacífica colocada pelos praticantes. Assim, os praticantes tiveram de notificar os policiais locais para que baixassem o volume.
Outras pessoas suspeitas vagavam ao redor do átrio da estação de trem e da ponte acima da estação. Alguns tiravam fotos e filmavam o local. O Sra. Cheung percebeu que essas pessoas usavam uniformes com um logotipo impresso que também aparecia nas faixas do grupo tumultuador recém-chegado.
A Sra. Cheung disse que tentou falar com os policiais para negociar um compromisso com o grupo, mas os oficiais permaneceram indiferentes e não tentaram investigar as circunstâncias. No passado, ela observou que quando o local sofria com interferência, os policiais normalmente tentavam encontrar uma solução pacífica.
O Epoch Times confirmou que essas pessoas fazem parte de uma organização chamada ‘Associação de Apoio ao Jovem de Hong Kong’, que foi registrada como uma empresa privada dois dias antes de sua aparição na estação de trem.
Uma investigação adicional revelou que o endereço registado da associação é o mesmo que o de uma empresa chamada ‘Associação Digital Drive’. Yao Ming, o atual presidente da empresa, é o assistente de um oficial legislativo do partido político pró-comunista ‘Aliança Democrática para a Melhoria e Progresso de Hong Kong’. Chen Jianhua, o chefe de operações da Digital Drive, também é um dos cofundadores da Associação Jovem.
Quando o Epoch Times contatou associação, um homem chamado Lin Guoan afirmou ser o responsável pela associação. Ele disse que ocupou vários cargos públicos e esteve envolvido em serviços para a juventude. Mas após uma investigação do repórter, foi descoberto que Lin Guoan é o nome de um membro do Comitê Consultivo Político da cidade de Jinggangshan, na província de Jiangxi. Quando questionado sobre sua conexão, Lin se recusou a responder.
Lin alegou que era um voluntário e que a associação era uma organização sem fins lucrativos, mas quando questionado sobre como a associação sustenta suas operações, ele se recusou a responder novamente. Lin também disse que as faixas penduradas pela associação não “apontavam ou discriminavam o Falun Gong”.
Chow Waitung, conselheiro distrital do Partido Democrata de Hong Kong acredita que as faixas são caluniosas e aludem ao Falun Gong, embora os slogans não o mencionem diretamente. Ele acha que oficiais do Partido Comunista Chinês estão por trás da interferência, pois coincide com os recentes protestos de Hong Kong sobre o aniversário do Massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) e a morte do ativista chinês da democracia Li Wangyang. Este incidente também acontece antes da visita do líder chinês Hu Jintao em 1º de julho para o 15º aniversário do retorno de Hong Kong à China.