Milhares de professores em várias cidades da província de Heilongjiang, no Norte da China, entraram em greve contra os baixos salários e um plano de pagamento de pensão obrigatório apoiado pelo Estado.
A greve dos professores começou na cidade de Zhaodong em meados de novembro, quando mais de 8 mil professores protestaram contra o governo da cidade; a maioria das escolas do ensino fundamental e médio da cidade permaneceu fechada durante o período. A greve em Zhaodong terminou com o governo prometendo elevar o salário mensal dos professores em 325 reais.
Em seguida, no final de novembro, a greve se espalhou como fogo de palha, quando milhares de professores em outras seis cidades da mesma província também entraram em greve, exigindo melhores salários e bônus.
Um professor de 25 anos de serviço na cidade de Shuancheng, em Heilongjiang, recebe menos de 1.055 reais por mês, segundo a mídia estatal. Os salários médios de professores em algumas cidades de Heilongjiang são ainda mais baixos do que a renda média dos municípios mais pobres da província, informaram as reportagens.
Não apenas os salários dos professores são baixos, mas eles também são obrigados a pagar mensalmente um plano de previdência piloto criado pelas autoridades provinciais. Alguns professores indicaram que pagam cerca de 86 reais por mês – os professores também exigem a cessação desta taxa e o retorno do dinheiro tomado para financiar o plano.
Heilongjiang lançou o plano de pensão piloto em 2004, exigindo que os trabalhadores do governo, incluindo os professores, contribuíssem com parte de seus salários para um plano de previdência provincial para todos os cidadãos.
No entanto, como o salário médio dos professores em Heilongjiang já é inferior à linha de pobreza, taxar seus salários tornou suas vidas ainda mais difíceis, dizem eles. Além disso, muitas outras regiões da China ainda não começaram a reforma do sistema previdenciário, embora os professores em Heilongjiang venham pagando o plano por quase uma década, por isso sua indignação.
Os professores em greve dizem querer um salário melhor. “Se o governo tivesse feito o que deveria fazer, quem apelaria a esse método, manifestar-se dia e noite diante da sede do governo por vários dias com frio, fome e cansaço, e gritando até a garganta doer?”, disse um professor em greve ao Epoch Times numa entrevista por telefone.
Mais de mil professores protestaram sob a neve e o frio diante do governo de Yilan na segunda-feira. Fotos dos professores na mídia social chinesa mostram-nos segurando faixas que dizem: “4 mil professores de Yilan defendem seus direitos; paguem nossos salários”. Os professores de Yilan têm protestado por uma semana.
Até agora nenhum funcionário do governo apareceu para falar com eles; os professores dizem que continuarão a protestar até que o governo aumente seus salários.