Já se passou mais de uma semana que ativistas da Organização Não Governamental (ONG) Greenpeace impedem que o Navio Clipper Hope se movimente para receber carregamento de 31 mil toneladas de ferro gusa no Porto de Itaqui, em São Luis, no estado do Maranhão.
Os ativistas do Greenpeace se revezam nas correntes da âncora do navio visando denunciar “crimes graves” que ocorrem na produção de ferro gusa no Brasil, “trabalho escravo, desmatamento e invasão de terras indígenas”, segundo a coordenadora da Campanha da Amazônia, Tatiana de Carvalho, do Greenpeace.
As denúncias estão compiladas em um relatório disponível no site da ONG intitulado “Carvoaria Amazônia”, publicado semana passada pela organização e já enviado ao Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA).
A ONG pede a ciberativistas assinar a petição para exigir que autoridades tomem medidas imediatas com relação a ilegalidade da deflorestação na Amazônia.
Denominada “Desmatamento Zero”, a petição visa a um projeto de lei popular, que necessita de 1,4 milhões de assinaturas para ser apresentado ao Congresso Brasileiro. Até agora, 277.963 pessoas assinaram.
Em resposta ao manifesto do Greenpeace, a empresa responsável pelo navio, Viena Siderúrgica S/A, disse que seu ferro gusa é produzido “exclusivamente de carvão vegetal de origem legal”. E acrescenta que “descredencia automaticamente fornecedores que porventura venham a ter problemas de ordem trabalhista, social ou ambiental, sempre que forem constatadas irregularidades”, afirmou a empresa em nota, segundo a Folha de São Paulo.