Cerca de 30 mil manifestantes protestam contra demolição de prédio residencial
Na noite do dia 7 de dezembro, em torno de 30 mil moradores da cidade de Renhuai, província de Guizhou, cercaram e invadiram a prefeitura local, quebrando janelas e destruindo escritórios. A força policial foi acionada e houve conflito em larga escala, com vários civis e policiais feridos. Mesmo após a chegada de mais reforços interditando o perímetro, milhares de manifestantes só se dissiparam na manhã seguinte.
O estopim da manifestação foi a demolição forçada de um prédio residencial de seis andares, que acabou causando a morte de duas pessoas. Segundo testemunhas, a demolição foi feita sem as precauções necessárias de segurança; operários teriam derrubado as paredes do sexto andar irresponsavelmente, esmagando a laje do quinto e quarto andares e seis pessoas que forneciam ajuda voluntária no terceiro andar. Dois deles morreram na hora e os outros quatro ficaram gravemente feridos, sendo que dois destes ainda correm risco de morte.
Em torno das 23 horas do dia 7, poucas horas após a tragédia na demolição, parentes dos mortos se dirigiram à prefeitura para protestar, carregando os corpos das vítimas e atraindo grande número de manifestantes. A tropa de choque foi acionada, porém, quando esta tentou tomar à força os cadáveres das vítimas, isso enfureceu os manifestantes e os agentes de segurança foram forçados a recuar. Os moradores invadiram a prefeitura, quebrando todas as janelas dos dois primeiros andares e da recepção. Cerca de mil policiais foram mobilizados para tentar conter a revolta, porém a população revidou com violência, destruindo viaturas e ferindo vários policiais com pedras, vasos de flores e tijolos.
Muitos manifestantes declararam que a demolição ao prédio teria sido uma vingança ao proprietário, que teria negado pagar propina aos órgãos governamentais. Segundo depoimentos, esse tipo de extorsão se tornou uma prática comum na região e com propinas qualquer problema poderia ser ignorado pelas autoridades envolvidas. O protesto gerou grande repercussão; o governo chinês já concedeu às famílias das duas vítimas 150 mil yuanes cada, além estar investigando dezessete funcionários públicos envolvidos. Mesmo assim, a população ainda não se acalmou, pois afirmam que esse tipo de investigação é apenas uma forma de isentar os responsáveis da culpa.
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