O presidente Hugo Chávez não compareceu a sua cerimônia de posse, que foi originalmente programada para quinta-feira, mas dezenas de milhares de seus partidários na Venezuela se aglomeraram na capital de Caracas.
A Suprema Corte da Venezuela decidiu na quarta-feira que a inauguração de Chávez poderia ser adiada. Chávez passou o último mês internado num hospital cubano após um procedimento cirúrgico para tratar de um câncer que teria causado complicações.
O vice-presidente Nicolas Maduro, num discurso diante de simpatizantes numa grande manifestação, criticou membros da oposição por sua “perseguição fascista” contra os venezuelanos que apoiam Chávez.
A oposição disse que Chávez deve comparecer a sua posse na quinta-feira, citando a Constituição, mas a Assembleia Nacional pró-Chávez atrasou sua inauguração, em sincronia com a decisão da Suprema Corte, informou a Associated Press.
Uma coalizão de membros da oposição eleitos emitiu um comunicado de que o Poder Executivo “estará nas mãos do vice-presidente e de outros funcionários que não satisfazem de forma alguma o voto do povo. Seu mandato expira hoje (10 de janeiro), bem como o de presidente da Venezuela”, segundo a mídia El Universal.
Maria Corina Machado, uma legisladora da oposição, descreveu a decisão de adiar a inauguração de Chávez como um “golpe certeiro contra a Constituição venezuelana”, disse ela à Associated Press. “Isso está sendo dirigido a partir de Cuba e pelos cubanos”, disse ela.
Houve também alegações da oposição de que o governo venezuelano não tem sido acessível em dar detalhes sobre a saúde do líder doente. Desde meados de 2011, Chávez tem sido submetido a uma série de procedimentos de tratamento de câncer.
A ONG Transparência Venezuela disse que o governo tem de fornecer mais informações ao público sobre a saúde de Chávez.
“A saúde de nossos governantes pode ter impacto sobre nossas vidas e na gestão dos assuntos públicos”, disse a ONG, segundo a emissora venezuelana Globovision. De acordo com a emissora, a situação não deve “exigir um ato de fé por parte dos cidadãos”.
Políticos da oposição disseram que organizarão protestos em 23 de janeiro, que é o aniversário do fim da ditadura na Venezuela, em 1958, informou o El Universal.
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