A Grã-Bretanha realizou nesta terça-feira (30) os primeiros ataques aéreos contra alvos do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque.
Caças Tornado bombardearam uma “posição com grande quantidade de armas pesadas” e uma caminhonete com armamentos no noroeste iraquiano, segundo informação do Ministério da Defesa.
“Posto de artilharia terrorista do Estado Islâmico destruído por uma bomba guiada Pavewai IV quando estava atacando tropas curdas”, publicou o ministério em sua página em uma rede social.
Os bombardeios ocorreram quatro dias depois de o Parlamento britânico aprovar o envolvimento do país na coalizão que combate os terroristas em território iraquiano. O governo britânico considerou os ataques “precisos” e “bem-sucedidos”.
Fontes ligadas às tropas curdas disseram que os ataques aéreos ajudaram a recuperar uma “importante passagem fronteiriça” em Rabia, perto da fronteira com a Síria. As aeronaves estavam em uma “operação armada de reconhecimento” quando foram direcionadas para os bombardeios.
O secretário de assuntos estrangeiros da Grã-Bretanha, Philip Hammond, afirmou que a Força Aérea britânica analisará cuidadosamente os alvos terroristas, evitando áreas onde civis possam ser atingidos para não provocar “o efeito oposto ao desejado”.
No dia em que o Parlamento aprovou os ataques, o primeiro-ministro britânico David Cameron deixou em aberto a possibilidade de ampliar os ataques para a Síria, o que os Estados Unidos já fizeram.
Apesar dos bombardeios realizados pela coalizão internacional em território sírio, no entanto, os jihadistas seguem avançando em direção à cidade curda de Ain al-Arab. Se conseguir tomar essa localidade, o Estado Islâmico passará a controlar uma longa faixa territorial contínua ao norte da Síria, ao longo da fronteira com a Turquia, que reforçou as tropas na região fronteiriça.
A Turquia estava reticente em participar de uma intervenção militar contra os terroristas, mas o Parlamento vai debater nesta quinta-feira se autoriza ou não a entrada do país na coalizão.
Uma coalizão internacional de aproximadamente 40 nações tem atuado para impedir o avanço da organização terrorista Estado Islâmico no Oriente Médio.
Além dos britânicos e dos Estados Unidos, que chefiam a aliança militar, a Bélgica e os Emirados Árabes também tem colaborado em operações aéreas contra os terroristas.