O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, disse no dia 2 de agosto, um dia após a confirmação da sentença de quatro anos de prisão para o ex-premiê Silvio Berlusconi, que o país precisa de estabilidade e deve evitar disputas partidárias. No dia 1º de agosto, o Tribunal Supremo da Itália confirmou a condenação, em primeira e segunda instâncias, de Berlusconi a quatro anos de prisão.
Hoje deputados e senadores do PDL, partido de Berlusconi, ameaçaram renunciar, em protesto contra a condenação definitiva do ex-premiê à prisão. Os parlamentares disseram que se demitirão se o presidente italiano, Giorgio Napolitano, não conceder indulto a Berulusconi. Antes disso, em reunião com correligionários, o ex-primeiro-ministro defendeu a reforma urgente da Justiça ou a convocação de eleições antecipadas.
Berlusconi, de 76 anos, foi três vezes primeiro-ministro e exerce atualmente mandato de senador. Ele foi condenado por fraude fiscal relacionada à compra de direitos de transmissão de filmes americanos pelo Mediaset, grupo de sua propriedade.
Por causa da idade e de uma lei de indulto, a pena do ex-primeiro-ministro será reduzida a um ano e poderá ser cumprida em prisão domiciliar ou na forma de prestação de serviços sociais.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Lusa
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