Governo francês acusa pilotos da Air France de impedirem criação de mil empregos

29/09/2014 07:00 Atualizado: 28/09/2014 22:40

O secretário de Estado dos Transportes da França, Alain Vidalies, acusou os pilotos da Air France, em greve desde o dia 15, de impedirem a criação de mil empregos na filial de baixo custo Transavia, na origem do conflito trabalhista.

“Os pilotos não podem continuar a opor-se ao desenvolvimento da Transavia”, afirmou Vidalies, em declarações divulgadas sábado (27) pela rádio France Info.

O governante recusou a designação de um mediador, como pedem os sindicatos, que consideram não confiável o presidente da Air France-KLM, Alexandre de Juniac, para continuar as negociações.

“Um mediador só serviria para continuar o conflito”, afirmou, acrescentando que os pilotos só têm em conta os seus interesses e não os da companhia.

A greve obrigou a Air France a cancelar quase metade dos voos previstos para sábado, ligeiramente menos do que nos últimos dias.

A situação na Air France “está ficando extremamente delicada”, afirmou na sexta-feira à noite um porta-voz da companhia aérea, após a recusa dos pilotos de retomarem o trabalho depois de 12 dias de greve.

“Estamos perdendo 20 milhões de euros por dia”, declarou Eric Schramm.

O porta-voz declarou que a administração ficou surpreendida quando os pilotos deixaram a sala onde decorriam as negociações, na sexta-feira, quando “não se estava longe de encontrar uma solução”.

O principal sindicato dos pilotos, o SNPL, ameaçou prolongar a greve para além de 30 de setembro, data que figura no pré-aviso, se as negociações não forem retomadas rapidamente.

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