“Haverá novas medidas para o andar de cima”, foi o que declarou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, trazendo novamente ao debate o assunto do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), segundo reportagem da Reuters. Aumentar a receita e distribuir a renda poderia ser conseguido através do imposto, que representa uma velha reivindicação da esquerda no Brasil, principalmente do PT.
Benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e pensões por morte tiveram seu acesso reduzido pelo governo no fim de 2014, graças a medidas provisórias baixadas. O imposto sobre fortunas seria uma maneira de equilibrar essas medidas. Dilma Rousseff adotou nova política fiscal, e a implementação dessas medidas é uma das primeiras provas a que deve se submeter. O governo alega que as alterações nos benefícios resultarão em uma economia de até 18 bilhões de reais por ano aos cofres públicos.
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“Há um consenso (entre os aliados) de que houve má construção política do discurso para as medidas, que as mudanças foram mal comunicadas e que será necessário flexibilizar a proposta original”, disse em entrevista à Reuters um senador do PT nesta quarta (25), com a condição de permanecer anônimo.
As tributações adicionais sobre os mais ricos deverão no mínimo ser discutidas pelo governo, é o que crê a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Mas não sei se teremos governabilidade para aprovar isso aqui (no Congresso)”, disse a senadora, que até o ano passado foi ministra da Casa Civil.
De acordo com levantamento feito pelo portal G1, dos 513 deputados que assumirão a Câmara neste domingo (1º), existe a concordância de ao menos 307 (59,8%) quanto à normatização do imposto sobre grandes fortunas. Foram contrários ao projeto 101 (19,6%). E os que se abstiveram de responder ou não aceitaram fazer a entrevista somam 105 (20,4%).