A Grã-Bretanha informou nesta terça-feira (12) que suspenderá 12 licenças de exportação de produtos militares para Israel, entre eles tanques, aviões e peças de radar, se a ofensiva contra o grupo terrorista Hamas em Gaza forem retomadas. O governo britânico disse estar preocupado com o fato de os produtos poderem ser usados para violar leis internacionais.
Cabe notar que a nação que teve a mais nefasta atuação mundial contra populações desarmadas agora mostra-se preocupada com direitos humanos. Na semana passada, a Grã-Bretanha disse que estava revendo todas as licenças de exportação de armas para Israel em razão do conflito.
Após a revisão, ficou decidido que 12 licenças podem ser temporariamente suspensas, até realização de uma investigação mais profunda, se a atual trégua for rompida e os combates recomeçarem. “O governo britânico não tem sido capaz de esclarecer se os critérios de licença de exportação estão sendo atendidos”, disse o secretário de Negócios, Vince Cable, em comunicado: “Em razão da incerteza, tomamos a decisão de suspender essas licenças de exportação existentes em caso da retomada das hostilidades”.
Israel diz que a operação em Gaza tem a intenção de interromper os disparos de foguetes por militantes palestinos e destruir túneis que ligam os territórios. De acordo com o relatório de uma comissão parlamentar britânica no mês passado, os contratos aprovados pelo governo para a exportação de produtos militares ou de uso civil-militar para Israel são de mais de 7,8 bilhões de libras (US$ 13 bilhões).
Eles incluem contratos de fornecimento de coletes à prova de balas, componentes teleguiados e peças de mísseis. A Grã-Bretanha afirmou que as suspensões não incluem componentes para o sistema Domo de Ferro de Israel, que protege o país de foguetes disparados pelo Hamas.