Governo anuncia medidas para combater a violência em São Paulo

07/11/2012 12:45 Atualizado: 08/11/2012 01:40
Com aumento do número de homicídios na capital, governo cria agência de inteligência
Alckmin fala em coletiva sobre ações conjuntas de segurança em São Paulo. (Marcelo Camargo/ABr)

Nesta terça-feira, o Ministério da Justiça anunciou um pacote de medidas para combater a violência no estado de São Paulo. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo governador Geraldo Alckmin após reunião ocorrida na tarde desta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Dentre as medidas, o Ministério da Justiça anunciou a criação de uma agência de atuação integrando inteligências federal e estadual. Além disso, ações futuras serão tomadas no combate da violência, como a transferência de presos, contenção nos pontos críticos de acesso ao estado, em aeroportos e rodoviárias, combate ao crack, por meio de possível instalação de equipamentos de monitoramento e formação de núcleos especializados de perícia criminal.

“Os relatórios de inteligência nos permitirão asfixiar o financeiro das organizações criminosas que atuam no estado. Juntos Governos Federal e Estadual são muito mais fortes que o crime organizado”, disse o ministro da Justiça, segundo a agência de notícias do Ministério da Justiça.

De acordo com a Polícia Militar, apenas neste ano, 90 policiais foram assassinados na capital, informou a Agência Brasil.

Segundo informações do Instituto Sou da Paz, os dados do terceiro trimestre deste ano apontam que o número de vítimas ultrapassou os números correspondentes aos primeiros nove meses de 2011. Até setembro do ano passado, o balanço registrou 3.225 mil mortes e neste ano o número aumentou para 3.532 no mesmo período.

Guaracy Mingardi, especialista em segurança pública e membro da Comissão Nacional da Verdade, avalia a necessidade de realizar uma integração entre as polícias além de ações constantes da inteligência da corporação. “Não se pode achar que medidas pontuais vão resolver um problema mais grave. Daqui a dois, três dias pode acabar essa guerra surda. Entra-se em uma acomodação, mas nada impede que ela volte, como tivemos outras crises [de segurança pública] em 2002 e 2006”, afirma Guaracy segundo a Agência Brasil.

Os governos federal e estadual não divulgaram o valor dos novos investimentos em segurança pública do Estado. O Ministério da Justiça informou que a primeira reunião da nova agência entre inteligências federal e estadual será realizada na próxima segunda-feira.

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