“Claro que qualquer democrata deve aceitar uma decisão democrática (do povo grego), tal como deve aceitar o direito do novo governo grego a definir uma nova direcção”, declarou o ministro, vice-chanceler social-democrata do Executivo de Angela Merkel, perante os deputados no parlamento alemão (Bundestag).
“Mas também é verdade que os cidadãos europeus têm o direito de esperar que as mudanças na política grega não sejam feitas à sua custa”, acrescentou.
“Queremos manter a Grécia na zona do Euro, mas também queremos que a Grécia cumpra os compromissos que assumiu”, sublinhou.
Vários membros do governo alemão têm insistido nos últimos dias que o princípio da relação da UE com a Grécia tem que continuar a ser ajuda-la em troca de reformas e consolidação econômica, recusando a possibilidade de renegociar a dívida grega.
Na quarta-feira (28), o novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que uma das prioridades do novo Governo será “a renegociação da dívida com os seus parceiros, com vista a uma solução benéfica para todos”.
O programa econômico do Syriza, que venceu as eleições legislativas gregas no domingo (25), prevê o fim das medidas de austeridade e a renegociação da dívida pública da Grécia.
A dívida grega eleva-se a mais de 315 bilhões de euros. O Eurostat fala em 315,5 bilhões de euros no final de setembro de 2014, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) indica 324 bilhões de euros.