Gordon Chang prediz colapso do Partido Comunista Chinês

14/11/2012 08:20 Atualizado: 13/11/2012 16:54
Gordon Chang numa entrevista na emissora TVO em Ontário, Canadá, em 9 de novembro (Imagem de tela)

A incapacidade do Partido Comunista Chinês (PCC) de governar efetivamente trará seu colapso em torno do próximo ano, diz o autor e analista Gordon Chang.

Chang disse numa entrevista em 9 de novembro na estação de mídia pública TVO de Ontário, Canadá, que previu em seu livro de 2001, “The Coming Collapse of China”, que levaria cerca de 10 anos para o regime chinês entrar em colapso. Poderemos estar falando sobre a China como o próximo Estado falido do mundo no próximo ano, acrescentou ele. “Na China, você pode ver todos os elementos se movendo na direção errada”, disse Chang.

Apontando os escândalos e lutas internas entre facções até o 18º Congresso Nacional e a transição de liderança, Chang disse que muitos se perguntam se o Partido Comunista será capaz de manter a casa de pé. “Você tem de voltar ao início da República Popular para ver um problema tão grande como este”, disse Chang. “Neste momento, não há veteranos de fato para impor disciplina, não há Mao Tsé-tung nem Deng Xiaoping ou qualquer homem forte para manter a luta contida.”

Referindo-se a perda da legitimidade e a necessidade de reforma do PCC, Chang apontou que a exposição das alegadas fortunas acumuladas pelas famílias de Xi Jinping e Wen Jiabao, o escândalo de Bo Xilai e a corrupção desenfreada de oficiais têm deslegitimado o Partido Comunista aos olhos da população. As pessoas perderam a fé no PCC com cada alegação e não apenas as de corrupção, mas de libertinagem, assassinato e traição, todas as quais têm erodido a legitimidade do PCC, disse Chang.

“Este é o momento em que a China realmente precisa de uma reforma, mas a reforma e mudança estrutural estarão fora da agenda […] e isso é realmente o problema para a China agora […] e o Partido Comunista não está em posição de ver uma mudança estrutural avançar”, disse Chang.

Toda vez que há uma mudança da liderança, o povo chinês reascende suas esperanças de que possa haver alguma melhora, apenas para descobrir que os novatos são de fato tão ruins ou piores do que os antigos, disse Chang, acrescentando, “O que essas pessoas defendem […] nós estamos vendo uma afirmação do status quo.”

No entanto, as realidades econômicas e as mudanças na sociedade chinesa serão fatores impulsionadores inevitáveis no curso da China, independente da preferência do PCC, segundo Chang.

Conservadores do PCC certamente não querem qualquer mudança, mas algo claramente precisa ser feito, disse ele, enquanto a economia claramente está tropeçando, com o crescimento econômico, na verdade, mais próximo de zero ou 1% do que os proclamados 7% pelo PCC, se outros dados econômicos, como o consumo de energia, forem usados para determinar o crescimento. A legitimidade do Partido Comunista depende de garantir crescimento econômico e prosperidade contínuos e as estatísticas econômicas são preocupantes, disse Chang.

Na opinião de Chang, as mudanças na sociedade chinesa também pressionarão o PCC. “A maioria das pessoas acredita que um sistema de partido-único não é mais apropriado para a sociedade chinesa que se moderniza e que esse é um problema fundamental que o Partido Comunista não pode mais resolver”, disse ele.

Uma nova afirmação se manifesta no povo chinês e é demonstrada pelos protestos ambientais e a aquiescência do regime às demandas dos manifestantes. As pessoas veem os líderes desaparecendo com bilhões e isso alimenta sua raiva, disse Chang. “Claramente, o que vemos é uma deterioração na capacidade do Partido Comunista de governar.”

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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.