Exibição apresenta os originais
Examinando as imagens digitalizadas dos pergaminhos do Mar Morto que foram recentemente publicados em parceria entre o Museu de Israel e os génios da criatividade tecnológica do Google senti o meu gosto pela história explodir.
Enquanto trabalhei no coração de silicone Valley na Califórnia onde ser um “Googler” é o sonho de toda a gente os manuscritos de 2.000 anos replicados digitalmente em alta resolução entusiasmaram-me para aceitar um convite do Ministério do Turismo de Israel para participar numa viagem de aventura a Israel.
Entre outras atrações fascinantes, o meu itinerário incluía o que para mim era uma importante visita ao icónico altar do Livro no Museu de Israel onde residem os famosos Pergaminhos do Mar Morto onde pude ver os manuscritos originais da Bíblia Hebraica e outros textos antigos.
Eliyahu Honig, ex vice-presidente associado e agora membro da direcção de governadores da Universidade Hebraica explicou em uma entrevista por email a importância dos pergaminhos.
“Os pergaminhos são esclarecem de forma importante os textos do velho testamento”. Escreveu.” Ambos os fragmentos de quase todo o livro da Bíblia e o texto completo do pergaminho do Grande Isaiah são quase idênticos aos textos que usamos hoje e que foram transmitidos de geração em geração por via oral ou por escrito desde à cerca de 2.000 anos”.
Alguns pergaminhos por exemplo ” A guerra dos filhos da luz contra os filhos da escuridão” providenciam insigth sobre a vida e conflitos desse período, escreve Honig.
A origem dos pergaminhos
Os pergaminhos “foram escondidos em uma caverna perto do mar morto e sobreviveram em condições muito secas até terem sido encontradas por um pastor” Escreveu Honig , acrescenta que os pergaminhos foram mais tarde adquiridos pelos professores Eleazer Sukenik e Benjamin Mazar da Universidade Hebraica que perceberam a importância dos mesmo em 1948.
Mais tarde o professor Yigael Yadin, filho de Sukenik continuou a pesquisa e descobriu mais pergaminhos na área, “Centenas de acadêmicos de todo o mundo têm estudado os pergaminhos e juntado os pedaços fragmentados tornando-os disponíveis para todo o mundo consultar”, escreveu Honing.
Os acadêmicos não estão completamente esclarecidos sobre quem é o autor dos pergaminhos do Mar Morto e de como os textos chegaram às cavernas em Qumran, perto do Mar Morto. Honig e muitos outros acadêmicos acreditam que os pergaminhos foram escritos pelos Essênios.
O Padre Rolland de Vaux, que escavou Qumram na década de 1950 chegou à conclusão que o local era habitado por um grupo religioso chamado os Essênios, que escreveram e guardaram os pergaminhos em cavernas.
Os Essênios viveram uma vida comunitária mas ascética, que incluia rituais com banhos, e eram conhecidos por “sempre se vestirem de branco” de acordo com o historiador Judeu Flavius Josephus . Eles abstinham-se dos prazeres terrenos e tinham crenças místicas tais como a crença na vida depois da morte e a chegada de um messias. Eles foram liderados por um sacerdote que eles chamavam de “Professor da retidão”.
Entre os achados de Vaux conta-se as piscinas de água, que ele crê eram usadas para banhos rituais, assim como múltiplos pequenos poços encontrados numa divisão que passou a ser conhecida como “scriptorium”. Baseado nas suas escavações, acadêmicos estimam que a população naquele local era de até 200 pessoas.
Alguns cientistas acreditam , contudo, que os manuscritos foram escritos em Jerusalém ou noutro local dessa área onde foram depositados nas cavernas pelo refugiados que fugiam do exército romano após Jerusalém ter sido conquistado em 70 anos depois de Cristo.
A descoberta de 200 peças de têxtil de linho de alta qualidade alguns branqueados, nas cavernas onde os pergaminhos foram encontrados aponta para os Essênios como escritores de acordo com um estudo recente conduzido por orit Shamir, da autoridade Israelita de Antiguidades e Naama Sukenik um graduado da universidade de Bar-Ilan.
A missão do Google
A missão do Google é “organizar a informação do mundo e torna-la universalmente acessível e útil”, de acordo com o seu website. Obviamente com a disponibilidade de cópias dos pergaminhos digitalizadas, os pergaminhos por todo o mundo irão conduzir maus pesquisas e podem descobrir novos fatos históricos e confirmações.
Adicionalmente, a versão digitalizada do Google oferece a pessoas como eu que preferem ver a escrita original a possibilidade de ler o pregaminho com o conforto de ter o caracteres ampliados tornando me de leitor passivo para um mais interativo, levou me por a pesquisar por capitulo e verso, por exemplo o Grande pergaminho de Isaías o mais bem conhecido pergaminho do Mar Morto.
Pode-se também clicar no texto Hebreu e obter uma tradução em inglês, pode se publicar um comentário pessoal caso se sinta inspirado a isso e como um pianista virtuoso pode expressar a sua própria interpretação.
Será possível que pelo fato de que o Google ter introduzido as copias digitais do tesouro isso possa diminuir o número de pessoas que visitam Jerusalém para ver os pergaminhos?
Honig respondeu à minha questão:” Eu não creio que isto tenha efeito sobre o numero de visitantes que Israel recebe o oposto será verdade. Pessoas irão visitar Jerusalém para ver os pergaminhos originais no altar do Livro no Museu de Israel.
Pelo menos no meu caso ele estava correto. Fiquei absolutamente deslumbrado quando o nosso grupo de 5 jornalistas oriundos dos Estados Unidos e Canadá entrou no mal iluminado museu do Altar do Livro.
Ofir Jacobson, o guia da nossa visita referiu que a descoberta dos pergaminhos “como provavelmente a mais importante descoberta da arqueologia do século XX”. “Mostrou sob uma nova luz tanto o Judaísmo já para o final do segundo templo assim como o princípio do Cristianismo.”
Apesar de nunca ter estado dentro de um jarro, “andar em círculos” ganha um novo significado quando se entra na arquitetura de forma circular do altar do Museu do Livro. Tal como o ciclo e aprendizagem na vida nunca termina, a jornada de exploração dos pergaminhos nesta estrutura em forma de casulos parece não ter fim.
Há principio ou um fim? A caminhada em redor dos pergaminhos apresentados a meia luz, muda a a cada três a quatro meses de forma a prevenir demasiada exposição à luz e oferece uma oportunidade de ver as valiosas antiguidades repetidas vezes.
Pergaminhos do Mar Morto serão digitalizados via Google.
É virtualmente impossível compreender a magnitude desta exibição com apenas um vislumbre. De volta a casa, a versão virtual do Google permite-me absorver mais desta importante coleção.