Gigante em berço esplêndido ou monstro moribundo?

10/12/2012 11:49 Atualizado: 11/12/2012 19:38
Um torcedor balançando a bandeira brasileira antes de um jogo de futebol (Martin Bernetti/AFP/Getty Images)

O ano de 2012 está terminando deixando muitas dúvidas e poucas respostas em relação à economia. A frustração foi grande na semana passada quando os dados mais importantes da economia foram divulgados pelo IBGE. O governo, por sua vez, tenta correr contra o tempo para não deixar “a peteca cair” e o desânimo com a economia se instalar.

O resultado tão inesperado do PIB, com crescimento de 0,6% no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre deu início à onda de desânimo. Depois veio a produção industrial com crescimento de 0,9% de setembro para outubro, que também ficou abaixo do esperado. Em seguida, o resultado da inflação de novembro apresentou variação de 0,6%, levando a inflação oficial do ano a 5,01%.

Os acontecimentos demonstram que a recuperação econômica tão anunciada pelo governo, e acompanhada com ceticismos por investidores e analistas, ainda não ocorreu. O ano começou com projeções de um crescimento de 3,4%, pelo mercado, e entre 4% e 5% pelo governo e vai acabar não alcançando os 2%. O resultado decepcionou tanto que foi até assunto na revista britânica “The Economist”.

A edição impressa de 08 de dezembro já nas bancas do Reino Unido chama a economia brasileira, tão falada mundo afora, de “monstro moribundo”, e ainda sugere a demissão do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a quem atribui descrédito por anunciar previsões falsamente otimistas. Compara, também, níveis de investimentos entre países como Peru e Chile, que estariam em um patamar de 30% do PIB, com os 18% no Brasil, para explicar o baixo crescimento.

Já não é atual a discussão sobre o esgotamento da política econômica brasileira sustentada por estímulo ao crédito e consumo, em detrimento de investimentos reais, especialmente em infraestrutura e em reformas constitucionais importantes, como tributária, política e previdenciária. Cada vez mais, o mundo inteiro questiona os objetivos finais desta política, que privilegia o curto prazo e pode fazer com que os brasileiros percam grandes oportunidades de atração de investimentos provenientes da falta de opções na Europa e Estados Unidos.

Cabe ao Brasil torcer, como faz na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, para que a resposta para essas perguntas da economia brasileira não sejam tão simples: porque não dão votos.

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