Com 93,7% das urnas apuradas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou as expectativas e venceu neste domingo (5) as eleições para o governo de São Paulo. Com 57,38% dos votos válidos, o tucano conquistou seu quarto mandato no maior colégio eleitoral do país, com 32 milhões de eleitores.
O peemedebista Paulo Skaf ficou em segundo lugar, com 21,56% dos votos válidos. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) teve 18,1% votos válidos e ficou na terceira colocação.
A vitória do tucano com larga vantagem também consolida a hegemonia do partido em São Paulo.
Assumiu pela primeira vez o cargo em 2001, depois da morte de Mário Covas. Ficou no cargo um ano, tendo sido reeleito em 2002. Quatro anos depois, disputou o Planalto e foi derrotado pelo ex-presidente Lula.
Em 2010, foi alçado novamente ao Palácio dos Bandeirantes. O desempenho do governador ao longo desta campanha surpreendeu até mesmo os tucanos: em junho, durante a Convenção Estadual que selou a candidatura de Alckmin, correligionários apontavam esta como uma das mais difíceis eleições para o partido desde que Mário Covas venceu Francisco Rossi, em 1994.
O grande ativo do governador entre os eleitores é a imagem pessoal de gestor honesto e trabalhador. Mas o triunfo de Alckmin é também resultado de sua capacidade de articulação política.
Apenas para o pleito desse ano, ele conseguiu estruturar uma coligação que conta com nada menos do que quinze partidos.
Alckmin é considerado no partido uma figura capaz de apaziguar ânimos. Orquestrou pessoalmente a candidatura de José Serra ao Senado, apartando rachas no tucanato.
Serra foi eleito neste domingo com mais de 58% dos votos válidos – tirando a cadeira que o petista Eduardo Suplicy ocupava há 24 anos.