General da polícia militar síria deserta e se junta aos rebeldes

27/12/2012 23:02 Atualizado: 27/12/2012 23:02
O general Abdel Aziz Jassem al-Shallal (Screenshot/YouTube)

O principal líder da polícia militar síria desertou do regime e se juntou aos rebeldes, anunciou ele na quarta-feira por meio de um vídeo via YouTube, dizendo que o exército do presidente Bashar al-Assad se transformou numa gangue “assassina”.

“Eu, general Abdel Aziz Jassem al-Shallal, comandante da polícia militar da Síria, anuncio que estou desertando do exército do regime para me juntar a revolução popular”, disse o general Abdel Aziz Jassem al-Shallal no vídeo, que foi traduzido pelo Al Jazeera.

Shallal é o mais recente alto oficial sírio a desertar do regime no conflito de 21 meses que já deixou mais de 40 mil mortos. Em agosto, o primeiro-ministro Riad Hijab deixou o regime.

“O exército se desviou da sua missão essencial, que é a de proteger o país, e se transformou numa gangue assassina e destrutiva”, disse ele. O vídeo foi distribuído por ativistas da oposição.

“A destruição de cidades e aldeias e os massacres contra nosso povo, civis indefesos que tomaram as ruas pedindo liberdade” foi motivo suficiente para ele se juntar aos rebeldes sírios, disse Shallal no vídeo, enquanto usava um uniforme com insígnias de oficial.

Sua deserção provavelmente afetará a moral das tropas sírias, enquanto lutam para defender bases contra uma série de avanços dos rebeldes.

A BBC informou que a oposição disse que Shallal estava cooperando secretamente com os rebeldes há tempos.

“Definitivamente, há outros oficiais de alta patente que querem desertar, mas a situação não é adequada para declararem deserção”, disse Shallal, segundo o Al Arabiya da Arábia Saudita, que foi a primeira mídia a divulgar sua declaração. Mas ele disse que Assad tem implementado vigilância pesada para impedir deserções.

O Exército Sírio Livre dos rebeldes controla grandes áreas da Síria, disse ele. Shallal argumentou que, se Assad se sentir mais ameaçado, então, ele pode usar armas químicas. Ele alegou que armas químicas foram recentemente utilizadas para bombardear combatentes da oposição síria na cidade de Homs. A afirmação não foi verificada.

Uma fonte do governo sírio disse a Al Jazeera que a deserção de Shallal não significa muito, porque ele estava programado para se aposentar.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo sediado em Londres, que tem documentado as mortes e outros desenvolvimentos do conflito, disse que 20 pessoas foram mortas na quarta-feira depois que o governo bombardeou fazendas no Centro-norte da Síria. Oito dos mortos eram crianças, disse a organização.

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