Galeria democrática de arte contemporânea é inaugurada em Nova York

29/07/2013 16:25 Atualizado: 06/08/2013 12:54
Com metragem definida de telas e preço fixo, franquia de galeria francesa propõe popularizar obras contemporâneas
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No espaço é possível manusear obras e testá-las nas paredes (Divulgação/Carré d´artistes)

Acaba de inaugurar em Nova York a galeria Carré d’artistes, na Bleecker Street. O espaço é o primeiro dos Estados Unidos a comercializar arte contemporânea original em tamanhos definidos.

Ao entrar na moderna loja de paredes cinza, você verá pinturas brancas organizadas em prateleiras. O som de pop e hip-hop dos alto-falantes faz com que o espaço pareça mais uma loja de discos do que uma galeria de arte.

A marca Carré d’artistes foi fundada na França em 2001 e tem 18 lojas ao redor do mundo. A empresa planeja expandir seus negócios a locais como México, Moscou, Hong Kong e Beirute.

De acordo com Rodolphe Lecomte, diretor de franquias da marca, a missão da Carré é “democratizar a arte contemporânea e torná-la acessível a um público amplo”.

“Normalmente, galerias de arte tradicionais vendem apenas algumas coisas. A maioria delas você pode tocar apenas com os olhos e não pode consumi-las”, afirma o gerente.

A galeria de arte contemporânea tradicional comercializa grandes obras e, geralmente, representa vários artistas de uma só vez. No espaço os clientes são bem-vindos para lidar com a arte, retirando-a de embalagens plásticas e ver como elas podem ficar em determinadas molduras ou até fixadas nas paredes.

Quando um artista tem obras expostas na Carré, ele é convidado a criar 10 obras de arte originais cada uma em praças de quatro tamanhos, o menor sendo 10X10 cm e as maiores de 30X30 cm. Os preços variam entre US$ 105 a US$ 520 dólares e são tabelados independentemente da fama do artista.

A franquia de Nova York apresenta 25 artistas diferentes do total de 500 que percorrem todas as galerias da marca. Algumas obras de grande formato são apresentadas mensalmente em uma base de exibição, mas há ofertas da Carré que podem até caber numa sacola.

Segundo Lecomte, o conceito da galeria atrai dois tipos de clientes. “Há aqueles que já estão familiarizados com alguns dos artistas e procuram ganhar dinheiro com uma trajetória ascendente, e os jovens que querem obras de arte para os seus apartamentos mas que não têm muito dinheiro para gastar”.

Além do ambiente descontraído e preços baixos, a fórmula da Carré promove o contato entre artistas e clientes. Um artista é selecionado mensalmente por um comitê de cinco pessoas formado por profissionais, amadores, colecionadores e artistas. Mais de 100 artistas por ano realizam parcerias com a galeria.

O trabalho de um artista está disponível em apenas uma galeria de cada vez e não ultrapassa o limite de 18 meses de exibição.  “Se os amantes públicos e particulares de arte abraçassem esse tipo de galeria de arte, poderia haver uma mudança nas formas de negócios desses espaços”, afirma Lecomte.

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