Fusão das mentes: investigadores fazem ligação entre o cérebro de ratos

05/03/2013 14:50 Atualizado: 06/08/2013 18:02
De acordo com uma nova pesquisa, os cérebros de dois ratos, um no Brasil e outro nos Estados Unidos, foram interligados com sucesso
Um funcionário de laboratório exibe um rato branco na Escola Médica do Oeste da China da Universidade de Sichuan em 3 de agosto de 2005 em Chengdu, China (China Photos/Getty Images)

Cientistas conseguiram conectar os cérebros de dois ratos via “ligação cerebral” por meio da internet,  reportado recentemente. Os pensamentos de um rato de laboratório no Brasil foram captados e transmitidos para um rato num laboratório nos Estados Unidos. “Basicamente criamos uma unidade computacional de dois cérebros”, afirmou Miguel Nicolelis, neurocientista da Universidade de Duke e coordenador do estudo.

Quando o segundo rato recebeu os pensamentos do primeiro, os pesquisadores observaram que ele imitou seu comportamento, segundo a Reuters.

Nicolelis disse que a pesquisa pode pavimentar o caminho para o chamado “computador biológico”, que consistiria de muitos cérebros conectados juntos. “Essas experiências mostraram que estabelecemos uma sofisticada comunicação direta entre cérebros”, afirmou Nicolelis num comunicado obtido pelo The Guardian.

O laboratório recebeu cerca de 26 milhões de dólares da agência norte-americana DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency).

“Fazer com que primatas se comuniquem de cérebro para cérebro levanta todo o tipo de questões éticas”, afirmou um neurocientista à Reuters, que preferiu permanecer anônimo alegando potenciais problemas.

“Ao ler sobre aparelhos sendo ligados ao cérebro de animais, para assim comandar a vontade deles, as pessoas ficam nervosas”, continuou.

O neurocientista Bijan Pesaran, da Universidade de Nova York, disse que é “uma ideia muito boa que eles estejam em sintonia um com o outro e que trabalhem juntos”, reportou a publicação Wired. No entanto, ele estava curioso para ver como os ratos poderiam interagir entre si. “Se pudéssemos vê-los aprender a fazer coisas melhor e mais rápido, então, eu realmente ficaria impressionado”, acrescentou ele.

Lee Miller, fisiologista da Universidade Noroeste, afirmou que este último estudo tem qualidades duvidosas.

“Não está claro para que fim o estudo está sendo feito”, afirmou ele à Nature, descrevendo o estudo como “um fraco roteiro de ficção científica  hollywoodiana”.

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