Mais de um milhão de funcionários públicos britânicos realizam hoje (10) uma greve de 24 horas contra o congelamento dos salários, segundo as centrais sindicais.
A greve, a maior desde que o governo de coligação entre conservadores e liberais do primeiro-ministro David Cameron tomou posse, em 2010, envolve desde professores a bombeiros, garis e funcionários municipais.
Uma série de manifestações estão previstas para vários pontos do Reino Unido, incluindo um grande protesto em Londres, partindo da sede da BBC para Trafalgar Square.
A política de austeridade aprovada por Cameron em 2010 para equilibrar as contas públicas congelou os salários públicos por dois anos e limitou os aumentos a partir daí a um por cento ao ano.
Segundo os sindicatos, esta política faz com que a evolução dos salários não acompanhe o aumento do custo de vida.
“Já chega!”, disse a secretária-geral do Congresso dos Sindicatos (Trades Union Congress, TUC), Frances O’Grady. Os trabalhadores estão sendo “deixados de fora” da retoma da economia, acrescentou.
Apesar da greve, o governo afirmou esperar que “a maioria dos funcionários públicos vá trabalhar em todo o país”.
“Passámos por uma recessão muito profunda, tivemos um défice orçamental enorme e precisávamos de limitar os salários. Os salários no setor público aumentaram mais que no privado. Se tivesse havido mais aumentos, teríamos perdido mais empregos”, disse o ministro da presidência, Francis Maude, à BBC.