Funcionários do Partido Comunista Chinês e do governo estiveram envolvidos em mais de 700 mil casos extraconjugais em 2014, segundo estatísticas internas do regime chinês, informou a revista Cheng Ming de Hong Kong em sua edição de fevereiro.
Mais de 70% dos casos envolvem funcionários de nível de divisão ou superiores, e cerca de 22 mil casos foram arquivados na Justiça local.
Na China contemporânea, não é segredo que autoridades comunistas apreciam “aventuras extraconjugais”. Conforme relatado pela mídia chinesa Legal Daily em janeiro de 2013, um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa de Gestão de Crises na Universidade Renmin, em Pequim, mostrou que 95% dos funcionários investigados por corrupção tinham amantes.
Um relatório de 2008, citado pela mídia chinesa Semanário do Sul em março passado, descreveu como “alguns complexos do governo são como comunas de viúvas, com quase nenhum homem permanecendo em casa”.
Hu Deping, filho do ex-secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) Hu Yaobang, recentemente criticou a corrupção prevalente entre funcionários comunistas num post de 25 de janeiro no Weibo, um popular website de mídia social na internet chinesa.
“Toda a nossa media está cheia de mentiras e dificilmente contém uma única linha de verdade. Eles vangloriam e bajulam o PCC. Cerca de 96% de nossos funcionários são corruptos e têm amantes… “, escreveu Hu.
No mês passado, o Partido Comunista solicitou que seus funcionários comunistas preenchessem um novo formulário com suas informações pessoais. Parte da consulta envolvia informação conjugal. As instruções salientavam que os funcionários deviam relatar com precisão sua história de divórcios e relacionamentos ou ser impedido de receber promoção.