A França é o primeiro país que levou a sério as investigações sobre OVNIs e abriu os arquivos com os resultados dos últimos cinquenta anos de estudos sobre os fenômenos.
A maioria dos documentos são processos verbais da polícia, realizados graças a testemunhos, cujas declarações, na maioria das vezes, são demasiado imprecisas e contraditórias.
A cada ano, o Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) da França registra entre 50 e 100 casos de objetos voadores não identificados. Cerca de 10% deles merecem uma investigação, porém “apenas algumas dezenas, nos últimos 30 anos, mereceram o nome de OVNIs”, disse Jacques Patenet, responsável pelo Grupo de Estudos e Informações sobre os Fenômenos Aeroespaciais Não-Identificados (GEIPAN) que pertence ao CNES.
Mesmo que o grupo não tenha sido criado antes dos anos 70, o primeiro testemunho desse tipo foi registrado na França em 1937.
Na web, poderão ser encontradas investigações, dados e as provas dos casos estudados pelo grupo de cientistas que, muitas vezes, teve de concluir que se tratava de fenômenos inexplicáveis.
“Não se deve esperar afirmações em nossos arquivos, porém, esperamos que sirvam aos cientistas e que o fenômeno dos OVNIs se converta, por fim, em um objeto de estudo como qualquer outro”, assegurou o atual responsável pelo GEIPAN.
Alguns destes serão paradigmáticos na história da busca pelos OVNIs, como o avistado pelos membros da tripulação de um voo em 1994, onde avistaram um objeto em forma de lentilha e com tamanho entre 200 e 300 metros de diâmetro claramente visto próximo à Paris pelo piloto, o copiloto e outro membro de tripulação de um voo da Air France na rota entre Nice e Londres no dia 28 de janeiro daquele ano.
Os radares do exército francês também detectaram o seu rastro, o que levou os especialistas a considerá-lo como um OVNI, pois não encontraram outra explicação razoável.